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Eleições... p’ra que as quero!

A saúde da democracia... e a sua dinâmica, estão em relação directa com a vontade do povo e da forma em expressar as suas opções ... para escolher quem vai mandar no país. E essa saúde é similar á saúde humana, que merece cuidados, aconselhamentos, tratamentos, ... como o exemplo, das vacinas, ... as quais andam por aí na boca do mundo a ser criticadas por verdadeiros analfabetos diplomados.

Para avaliar a saúde da democracia, temos então as eleições, umas sistemáticas e periódicas, outras alternativas. Mas, quando somente metade dos votantes inscritos faz essa avaliação, ficamos com a contabilidade totalmente errada e o estado da saúde não é real ... é falso e impuro. Andamos caminhando neste sistema deficitário, há uma data de anos, em que, um em cada dois é um “lusitano vero” e o outro é um paraquedista, que nem sabe amarrar o cinto antes de saltar das alturas. Metade do povo continua a viver num “universo” próprio, sem pensar no país, nas suas “riquezas” ... quando a riqueza de um povo, a riqueza desse país, está no trabalho, no produto do mesmo, que tem de ser preservado, enriquecido e obviamente bem remunerado. E como sabemos que vamos votar outra vez, em novas mas esperadas eleições, temos quase de “adivinhar” aquilo que será melhor para o nosso país, para retomar um rumo mais acertado. Quando se fala em “adivinhas”, sabemos de algumas respostas, que “de caras” estão totalmente erradas ... e o mesmo se passa também nas eleições. Um governo igual não dá quaisquer garantias, até porque deu provas de imensa vulnerabilidade e incompetência. Diariamente íamos tendo notícias das “distrações” do governo, ... assim de repente lembro, Pedrogão, Tancos, SEF, Cabrita, ouro, droga e diamantes, ... neste recente caso envolvendo alguns elementos das F.A. ... com tantos segredos pelo meio, ... apenas valendo a preciosa investigação criminal portuguesa, neste esquema de dimensão internacional.

As eleições prestam determinados serviços aos partidos, consoante as circunstâncias do momento, ... assim como, a escolha dos medicamentos para a nossa saúde. Para alguns partidos, as eleições são como uma Vacina, que os irá proteger, ... para outros será uma Vitamina, que os irá fortalecer, ...ou então um “Paracetamol” ou um “Melhoral”, ... que não faz bem nem faz mal. Ainda para outros, será uma “Droga”, que vai provocar um retrocesso evidente, com um desastre garantido.

Na origem deste impasse temporal e funcional do país, esteve a discussão do OE que foi uma verdadeira “anedota” parlamentar! Como aquela anedota “verídica”... e aqui vos conto: - Um anuncio de jornal, requeria indivíduos do sexo masculino, com o serviço militar cumprido, falando fluentemente o alemão, com menos de 35 anos de idade. Aparece um sujeito de 50 anos de idade e dentro do guiché dispara o intervistador: - O Sr. não fala alemão, não fez o serviço militar e tem 50 anos, o que vem cá fazer? Resposta imediata: - Vim dizer para não contarem comigo! Assim foi o espetáculo do OE 2022 ... com o “primeiro violino” A. Costa, “tocando” uma brilhante interpretação da música “Que mais te posso dar”! E antes disso, como já tinha destruído o “Muro de Berlim” á sua esquerda, resolveu reconstruir com as mesmas pedras, o mesmo muro á sua direita. Será que o Sr. PM pensa que vive sózinho no mundo? Só faltou enviar alguns dissidentes de direita, de castigo para as montanhas geladas da Serra do Marão! Como fariam os seus amigos soviéticos ... para as “queridas pampas” siberianas!

Que eu saiba, a democracia vai da esquerda á direita! Faço-me entender: neste regime político, existem muitas maneiras de pensar, de actuar, sempre de modo a haver, progresso, desenvolvimento, riqueza e benefícios - os quais nunca foram apanágio dos partidos de esquerda. Acham que Rússia, Cuba, Venezuela e China, são exemplos da liberdade, direitos e garantias, ... e de distribuíção equitativa da riqueza pelos seus povos? E já agora, a R. D. do Congo, a Nigéria, a R. Centro-Africana e Angola são países ricos? Mas como não são, se têm gáz natural, minérios e petróleo?

Vamos lá acabar com as veleidades e as demagogias ... e pensar um pouco mais na saúde do país, na saúde da democracia e participar devidamente sem reservas no acto eleitoral ! Chega de escândalos! A todos os níveis! E para acabar com eles, só fazendo reformas. Que esta Assembleia da República nunca as quis fazer. É necessário alterar definitivamente o “status” instalado!

Votar é um dos nossos DEVERES! Cada um deve cumprir com os seus!