Madeira

PCP defende valorização das remunerações dos trabalhadores na RAM

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O PCP desenvolveu, ao longo do dia, uma jornada de contacto com a população, no centro do Funchal, para apresentar um conjunto de propostas que defendem a valorização das remunerações dos trabalhadores na Região Autónoma da Madeira.

O deputado do PCP, Ricardo Lume, disse que "a valorização das remunerações na Região é factor determinante para garantir a melhoria das condições de vida de quem trabalha".

"Vivemos numa Região onde milhares de pessoas empobrecem a trabalhar, de facto este não é um problema exclusivo da Região Autónoma da Madeira é uma realidade nacional, mas aqui é agravada devido ao facto de termos os salários médios abaixo da média nacional e também potenciada com os custos de insularidade que fazem aumentar os preços ao consumidor, como trabalhadores recebemos menos, como consumidores pagamos mais", referiu.

"Impõe-se, pois, por óbvias razões de justiça social e laboral , como forma de compensar os gravosos custos derivados da insularidade, para revitalizar a economia local, que seja efectivamente concretizado o aumento geral dos salários em todos os sectores de actividade na Região, acréscimos salariais que devem de ter por base os 90 euros mensais para cada trabalhador, assim como um outro e mais justo acréscimo regional a fixar ao valor da Retribuição Mínima Mensal Garantida Nacional, e também a atribuição de um subsídio de insularidade a todos os trabalhadores da Região sejam eles do sector público ou do sector privado", sustentou.

O PCP considera fundamental que a Região Autónoma da Madeira, tendo em conta a actual situação social e económica, "fixe um acréscimo regional de 5% à Retribuição Mínima Mensal Garantida Nacional, o que se afigura como sendo possível, devendo, a curto prazo, evoluir para um valor que atinja os 7,5%, correspondendo assim a uma solução para a compensação dos actuais custos da insularidade e a objectivos de solidariedade e de justiça social".

O PCP considera que existindo um subsídio de insularidade para os trabalhadores da administração pública também é justo que os trabalhadores do sector privado tenham acesso a um suplemento remuneratório idêntico para fazer face aos custos de insularidade.

E para dar resposta a estas justas reivindicações de quem trabalha na Região, o PCP agendou para ser discutido e votado no plenário da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, que se realiza esta semana, duas iniciativas legislativas que defendem um acréscimo de 7,5% ao salário mínimo nacional a praticar na Região assim como a atribuição do subsídio de insularidade a todos os trabalhadores da Região Autónoma da Madeira.