Governo da República espera reforço de meios para vacinar ainda esta semana
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde avançou hoje que ainda esta semana deverá haver reforços de recursos humanos e logísticos para vacinar "o maior número de pessoas possível no menor tempo possível" contra a covid-19.
Com a nova norma da DGS sobre a campanha de vacinação passam a ser elegíveis para a terceira dose da vacina mais 1,8 milhões de pessoas, nomeadamente os recuperados da covid-19, os utentes com mais de 18 anos que foram vacinados com a vacina da Janssen (vacina da Johnson & Johnsson de toma única) e foi ainda encurtado o prazo de intervalo entre a segunda e a terceira dose de reforço de 180 para 150 dias para a população com 65 ou mais anos, os profissionais de saúde e do sector social e os bombeiros que transportam doentes.
Apesar do aumento da população para vacinar, Lacerda Sales afirmou que o objetivo inicial de vacinar cerca de 1,6 milhões de pessoas idosas até ao Natal não será posto em causa.
Agora mais do que duplicou esse número de faixas, disse em declarações aos jornalistas à margem da cerimónia do Lançamento da Semana Internacional e Europeia do Testes VIH-Hepatites, que está a decorrer em Lisboa., acrescentado: "Vamos tentar vacinar o maior número de pessoas possível no menor tempo possível".
Lacerda Sales afirmou que o trabalho de reforço de recursos para dar resposta ao aumento de pessoas para vacinação está já a ser feito.
"Ainda esta semana garantidamente, com certeza, que vamos ter esse reforço, quer de recursos humanos quer de logística", afirmou o governante, sem precisar esse aumento, explicando que é uma reprogramação que está a ser feita por todo o núcleo de coordenação da vacinação em curso, coordenado pelo coronel Carlos Penha Gonçalves.
Contudo, sublinhou, a entrada de mais de 1,8 milhões de pessoas exige a reprogramação, quer de meios, logística e planeamento, que é o que está a ser feito, disse, admitindo que possam ser reabertos centros de vacinação.
Segundo Lacerda Sales, este trabalho está a ser realizado em conjunto com o Ministério da Defesa e também com as autarquias,
Sobre se serão contratados, por exemplo, enfermeiros para o plano de reforço de vacinação, afirmou que se for necessário "com certeza que sim", assim como médicos e outros profissionais como aconteceu na primeira fase de vacinação
"A mensagem que de facto queremos deixar é para que, tendo nós plano, tendo nós vacinas, tendo nós logística, as pessoas possam aderir. Isso é que queremos de facto, que as pessoas adiram ao processo de vacinação", salientou.
Sobre quando irá ter início o processo de vacinação das pessoas a partir dos 18 anos elegíveis que receberam a vacina contra a covid-19 da Janssen, o governante afirmou que ainda não há uma data concreta, lembrando que têm sido priorizadas as faixas mais vulneráveis, os mais idosos, o que vai permanecer.
"Qualquer das formas estou convencido que, com o evoluir do processo e com a aceleração que o processo tem tido agora, e que é reconhecido, penso que brevemente com certeza todas estas faixas começarão a ser chamadas", sublinhou, recordando que esta semana começam a ser chamados os bombeiros e os profissionais do setor social.
"Portanto, vamos vacinando com tranquilidade, com serenidade, mas o processo vai evoluindo bem", sublinhou o secretário de Estado Adjunto e da Saúde.
Segundo dados divulgados pela DGS no domingo, Portugal já administrou cerca de 1.561.000 doses de vacina contra a gripe (incluindo cerca de 400 mil em farmácias) e mais de 750 mil doses de reforço e adicionais da vacina contra a COVID-19.
"Estes resultados foram possíveis com a aceleração da vacinação diária dos centros de vacinação, incluindo ao fim de semana, através da modalidade Casa Aberta", adiantou a DGS em comunicado.