Desporto

Al-Hilal, do madeirense Leonardo Jardim, procura quarto ceptro na Liga dos Campeões asiáticos

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Os sauditas do Al-Hilal, treinados pelo português Leonardo Jardim, e os sul-coreanos do Pohang Steelers defrontam-se na terça-feira na final da Liga dos Campeões asiáticos de futebol em busca da liderança isolada do 'ranking' da prova.

O estádio internacional King Fahd, na cidade de Riade, capital da Arábia Saudita, é o palco da 40.ª final da principal prova de clubes da Ásia, e 18.ª como 'Champions' asiática (desde 2002/03), juntando precisamente os dois clubes do continente com mais títulos, já que ambos venceram a competição por três vezes.

O Al-Hilal, que ganhou em 1991, 1999/2000 e 2019, e o Pohang Steelers, vencedor consecutivamente em 1996/97 e 1997/98 e ainda em 2009, lideram uma tabela com mais 22 vencedores, metade dos quais com dois cetros e outros tantos com um.

A atuar em 'casa' e com um plantel com estrangeiros bem mais categorizados, como Marega (ex-FC Porto), Matheus Pereira e Luciano Vietto (ex-Sporting) e Andre Carrillo (ex-Sporting e Benfica), o conjunto de Leonardo Jardim é favorito.

O veterano internacional francês Bafetimi Gomis, de 36 anos, é a outra grande 'estrela' dos sauditas, ele que foi a grande referência do clube na vitória de 2019, consagrando-se como o melhor jogador e marcador (11 golos) da competição.

Com Jardim, que só tem 12 jogos à frente da equipa, o sistema mais usual tem sido o '4-2-3-1', com Al Maiouf na baliza e um quarteto defensivo composto por Al Burayk, o sul-coreano Hyun-Soo Jang, Al Bulayhi e Nasser Al Dawsari (ou Al Shahrani).

No meio-campo, Al Faraj e Kanoo surgem como os elementos mais defensivos, atrás de um trio composto por Marega, Matheus Pereira e Salem Al Dawsari, no apoio a Gomis.

Ao contrário do Al-Hilal, o Pohang Steelers, orientado por Kim Gi-Dong, é um conjunto sem 'estrelas' internacionais e que surge na final claramente como 'outsider', tendo surpreendido, nomeadamente nas 'meias', ao bater o campeão em título.

O defesa australiano Alex Grant, o médio bósnio Mario Kvesic e dois avançados, o colombiano Manuel Palacios e o ucraniano Boris Tashchy, são os estrangeiros do conjunto sul-coreano, campeão nacional pela última vez em 2013.

No caminho para a final, os dois clubes ultrapassaram 'in-extremis' a fase de grupos, ambos com os terceiros melhores segundos classificados, o Al-Hilal da Região Oeste e o Pohang Steelers da Região Este.

Sob o comando do brasileiro Rogério Micale, os sauditas somaram 10 pontos, ficando atrás do Istiklol, do Tajiquistão, no Grupo A, enquanto os sul-coreanos totalizaram 11 no Grupo G, conquistado pelos japoneses do Nagoya Grampus.

A eliminar, em embates a uma mão, o Al-Hilal superou, já com Leonardo Jardim ao comando, os iranianos do Esteghlal (2-0, nos 'oitavos') e do Persepolis (3-0, nos 'quartos') e os compatriotas do Al Nassr, de Pedro Emanuel (2-0, nas 'meias').

Por seu lado, o Pohang Steelers eliminou os japoneses do Cerezo Osaka (1-0, nos 'oitavos') e do Nagoya Grampus (3-0, nos 'quartos') e os compatriotas e campeões em título do Ulsan Hyundai (5-4 nos penáltis, após 1-1 nos 120 minutos, nas 'meias').

O central australiano Alex Grant foi o 'herói' dos sul-coreanos, ao empatar o jogo a um aos 89 minutos, com um cabeceamento, após um livre de Kvesic, anulando o tento de Il-Lok Yun, aos 52, que tinha colocado o conjunto de Ulsan na frente.

Com a vitória nas grandes penalidades, o Pohang Steelers está na final pela primeira vez desde 2009, sendo que, depois disso, o Al-Hilal já esteve em três, perdendo em 2014, com o Western Sydney Wanderers, e em 2017, com o Urawa Red Diamonds, do qual se 'vingaria' em 2019, ainda em finais a duas mãos.

Em 2020, oito anos depois, voltou a ser um jogo único a decidir o campeão, com o título a cair para o Ulsan Hyundai, que superou o Persepolis por 2-1, em 19 de dezembro, em Al Wakrah, no Qatar, graças a um 'bis' do brasileiro Júnior Negrão.

Na terça-feira, o palco será o estádio internacional King Fahd, em Riade, na Arábia Saudita, num embate com início marcado para as 16:00 (em Lisboa).

O vencedor, além do título asiático, ganha um bilhete para o Mundial de clubes, no qual já estão Chelsea (UEFA), Al Ahly (CAF), Monterrey (CONCACAF), Auckland City (OFC) e o anfitrião Al Jazira. Falta ainda Palmeiras ou Flamengo (CONMEBOL).