Albuquerque pede “compromisso muito claro” com a Região ao próximo líder nacional do partido
José Prada diz que o PSD é capaz de ganhar qualquer desafio eleitoral
Conheça, na íntegra, as conclusões formais do Conselho Regional,
É uma das exigências de Miguel Albuquerque ao próximo líder nacional do partido, seja ele qual for: “Um compromisso muito claro a favor dos interesses da Região.” As palavras do líder regional dos social-democratas foram ouvidas mo Conselho Regional do partido realizado, hoje, no Porto Moniz.
Albuquerque lembrou que nem ele, nem o secretário-geral ou líder parlamentar vão assumir preferência, mas que isso não significa que os dois candidatos são bons, independentemente das suas opções. ““Neste momento e face ao que se passou no passado, já não passamos cheques em branco a ninguém e quem quiser o apoio da Madeira vai ter de clarificar muito bem as suas posições e vai ter de estar ao nosso lado na defesa da Madeira.”
Já José Prada, que também se dirigiu aos conselheiros, disse que se o PSD estiver unido e mobilizado, é capaz de vencer todos os desafios eleitorais.
“Se estivermos unidos e mobilizados, se soubermos somar em vez de dividir, se apostarmos na nossa unidade contra a Esquerda e se colocarmos a defesa e o interesse superior da Madeira acima de quaisquer outros interesses, vencemos qualquer eleição”, afirmou o secretário-geral.
“Temos, todos, a obrigação de trabalhar pelo melhor resultado nas próximas eleições e temos, igualmente, a 30 de Janeiro, a oportunidade de reforçar a nossa representação parlamentar em Lisboa, aumentando a nossa capacidade de reivindicação contra um governo socialista que não respeita a Madeira, que há seis anos não cumpre com a sua palavra e que teima em olhar para cada um de nós, madeirenses, como portugueses de segunda ou terceira categoria.
Como já noticiado, o Conselho Regional aprovou por unanimidade a coligação com o CDS para as legislativas nacionais de 30 de Janeiro e confirmou as datas paras as eleições internas e para o congresso regional, respectivamente 11 de Fevereiro e 5 e 6 de Março.
Estas são, na íntegra, as conclusões formais do Conselho Regional de hoje, que foi presidido por João Cunha e Silva.
1. O Conselho Regional congratula-se e reconhece a confiança manifestada pelos Madeirenses e Porto-Santenses no projecto político assumido e defendido pelo PSD/Madeira e, igualmente, em coligação com o CDS, nas últimas Eleições Autárquicas do passado dia 26 de setembro.
2. Cumprindo os objetivos a que se propôs para este ato eleitoral, o PSD/Madeira conseguiu vencer a maioria das Câmaras Municipais da Região e, também, recuperar Juntas de Freguesia, reforçando, conforme era seu propósito, a sua liderança no poder local. Destacando-se a vitória expressiva no Funchal e a maioria absoluta alcançada no Porto Santo, o Conselho Regional enaltece, igualmente, as grandes vitórias que foram conquistadas na Calheta, em Câmara de Lobos, em São Vicente e na Ribeira Brava, o crescimento registado nas votações e o consequente aumento do número de mandatos e, também, a recuperação de Juntas de Freguesia nos concelhos do Porto Moniz, Calheta e Santana.
3. Resultados que reafirmaram a força, a organização e a capacidade de união e mobilização do nosso Partido e de todos os nossos militantes Social-democratas – a quem este Conselho Regional expressa o seu mais sentido reconhecimento público – mas, também, a importância de colocar o interesse da Madeira em primeiro lugar, associando projetos que comungam desta visão e que reforçam o alcance dos nossos objetivos políticos.
4. Neste enquadramento – partindo da experiência positiva resultante das últimas eleições e da vitória expressiva no Funchal e no Porto Santo, onde o nosso Partido concorreu em coligação – o Conselho Regional deliberou que o PSD/Madeira concorra às próximas eleições legislativas antecipadas de 30 de Janeiro, em coligação com o CDS/Madeira, intensificando-se, também por esta via, aquela que é a defesa do interesse superior desta Região e uma luta comum contra a esquerda e as injustiças de que os Madeirenses têm sido alvo, por parte do Governo da República.
5. Uma solução conjunta que, à luz da conjuntura atual, se afigura como a mais acertada para fazer frente ao PS e na qual, seguindo o método de Hondt, caberá ao CDS o quinto lugar, estando os primeiros quatro lugares reservados ao PSD/Madeira.
6. Efectivamente, a crise política espoletada pelo desentendimento dos partidos de esquerda que sustentavam a geringonça – e a consequente dissolução do parlamento nacional, levando ao agendamento de eleições antecipadas – evidenciou a necessidade de combater a mediocridade e a incompetência da esquerda que governa o País, fazendo todo o sentido a convergência entre Partidos que, na Região, têm garantido a estabilidade política e o cumprimento integral de todos os compromissos assumidos com a população. Ressalve-se que esta coligação, presente na governação regional e, agora, nas principais Câmaras Municipais, assenta numa estratégia política que tem resultado e que apresenta evidentes ganhos, a todos os níveis, a favor dos Madeirenses e Porto-Santenses.
7. É com esta estratégia firme e mantendo a defesa intransigente da nossa Autonomia e dos direitos dos Madeirenses e Porto-santenses como prioridades, que o PSD/Madeira assumirá a sua candidatura às próximas eleições legislativas antecipadas do dia 30 de janeiro, contando com todos os seus Militantes e reforçando a sua união e mobilização contra o embuste declarado das esquerdas e de todos aqueles que, na Região, preferem estar ao lado do Estado ao invés de defender, com responsabilidade e sentido de missão, os interesses desta Região.
8. Defesa intransigente dos nossos direitos e interesses que deverá ser, igualmente, entendida enquanto prioridade absoluta por parte do novo líder nacional do PSD que será eleito a 27 de novembro, a quem caberá assumir o compromisso de lutar e contribuir para a resolução dos vários dossiês que se encontram pendentes na República, para prejuízo de todos os Madeirenses, sendo certo que o apoio da Região dependerá do grau de compromisso que for assumido e das responsabilidades conjuntas que forem partilhadas.
9. Por outro lado e, na senda da mobilização que se impõe, o Conselho Regional reconhece e enaltece a participação e intervenção de todos os Militantes e estruturas do Partido na ronda pelos concelhos que arrancou no início de novembro, contactos esses que se assumem fundamentais para garantir que o Partido se mantenha unido, coeso, ativo e ainda mais preparado para ultrapassar, com sucesso, os próximos desafios eleitorais.
10. União e mobilização que também se esperam reforçadas, entre todos os nossos Militantes, no tradicional Jantar de Natal que, depois do interregno de 2020 (devido à pandemia) será realizado no próximo dia 3 de dezembro, pelas 19.00 horas, no Pavilhão Sidónio Fernandes (Pavilhão dos Trabalhadores), no Funchal.
11. A outro nível, o Conselho Regional reconhece o extraordinário trabalho que continua a ser desenvolvido, pelo Governo Regional, no combate e contenção da pandemia COVID-19, apelando a que a população adira à vacinação e continue a cumprir as medidas restritivas em vigor, de modo a contribuir no controlo de um problema que é comum e que, em cidadania, exige responsabilidade e compromisso coletivo.
12. Finalmente, o Conselho Regional congratula-se com a aprovação, por unanimidade, das Contas relativas ao ano de 2020 e do Regulamento da Eleição da Comissão Política, do Secretariado e do XVIII Congresso Regional do PSD/Madeira.
13. Informa, igualmente, que, conforme o Regulamento atrás referido e aprovado, as Eleições terão lugar no dia 11 de fevereiro e que o Congresso Regional terá lugar, nos dias 5 e 6 de Março de 2022, no Centro de Congressos da Madeira.