CGTP espera milhares em manifestação de hoje por melhores salários e condições de vida
A CGTP prevê a participação de milhares de trabalhadores de todo o país na manifestação nacional que se realiza hoje, em Lisboa, pelo aumento geral dos salários e por melhores condições de vida e de trabalho.
"Avançar é Preciso! Aumento geral dos salários -- 35 horas para todos -- erradicar a precariedade -- Defender a contratação coletiva", é o lema da manifestação que decorrerá entre o Marquês de Pombal e os Restauradores.
A CGTP marcou este protesto porque considera "urgente dar resposta às reivindicações dos trabalhadores, do setor público e do privado, resolvendo os problemas estruturais do mundo do trabalho - há muito identificados -, e cuja resolução se tem arrastado ao longo dos anos - baixos salários, precariedade, desregulação dos horários, normas gravosas da legislação laboral, entre outros".
Segundo a central sindical, a situação atual "exige a adoção de uma política que valorize o trabalho e os trabalhadores, nomeadamente com o aumento geral dos salários e das pensões, a valorização das carreiras e profissões, a erradicação da precariedade, as 35 horas para todos sem redução de salário e o combate à desregulação dos horários, a revogação das normas gravosas da legislação laboral".
Por todos estes motivos, são esperados "muitos milhares de trabalhadores na manifestação nacional, para exigir um novo rumo para o país", disse à agência Lusa Ana Pires, da Comissão Executiva da Intersindical.
"Esperamos a adesão de trabalhadores de todos os setores e distritos, porque foi feita uma mobilização com base nos problemas laborais vividos em cada empresa ou local de trabalho", afirmou Ana Pires.
A CGTP reivindica um aumento de 90 euros para todos os trabalhadores e a fixação de 850 euros para o salário mínimo nacional a curto prazo como forma de fomentar o crescimento económico.
Os participantes na manifestação de sábado vão desfilar entre a praça Marquês de Pombal e a dos Restauradores, onde a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, fará a sua intervenção político-sindical.