Grato a Carlos Lélis
Boa noite!
A Casa da Madeira em Lisboa foi impactante nos meus tempos de universitário. Muito graças a Carlos Lélis, presidente num mandato em que ousou injectar sangue novo na direcção e abrir portas do edifício da Rua do Século aos estudantes que ali encontraram sempre um espaço de confraternização e de libertação, momentos de camaradagem e de felicidade.
Guardo para sempre a oportunidade que me deu de liderar projectos desde bem cedo e de ter revelado abertura de espírito que nos permitiu organizar claques de apoio aos clubes madeirense, diversos momentos culturais, debates acessos, bailes inesquecíveis e o irreverente começo de noite das sextas e sábados que nos traz à memória algum encanto lisboeta.
Naquele canto do Bairro Alto matávamos saudades da terra, mas sobretudo desenhávamos o futuro da ilha, cruzando as nossas expectativas com a experiência dos mais velhos que escolheram Lisboa para viver. Foram anos luz e sobretudo berço de amizades eternas.
Aquele que ontem nos deixou era bem mais do que conta o exemplar percurso de vida que muitos conhecem. E se o recordo é porque há gestos que merecem toda a gratidão. A minha e de muitos que hoje, na Região, criaram laços no Século passado.