Incompreensão que rima com vitimização
É incompreensível quando há quem queira responsabilizar o único partido que votou a favor do Orçamento do Estado pelo chumbo do Orçamento do Estado" afirmou José Luís Carneiro (JLC) secretário geral adjunto do PS no recente Congresso da Tendência Socialista da UGT. Para JLC o governo do PS não tem qualquer responsabilidade no chumbo da proposta do OE2022 mesmo que tenha sido incapaz de chegar a um acordo com o seu aliado preferencial o PCP como fez nos sucessivos OE dos últimos 6 anos. Esta pseudo incompreensão de JLC que até rima com vitimização, que é a atitude de sempre assumida por António Costa (AC) e o PS para tentar justificar-se perante os portugueses dos seus falhanços e promessas por cumprir. AC andou 6 anos a inviabilizar qualquer alternativa política à geringonça menosprezando o interesse do País em detrimento de acordos de ocasião e de mero oportunismo partidário com o BE e o PCP, com o único objetivo de manter-se a governar a qualquer preço. E se o BE que já no último OE se tinha demarcado e votado contra o mesmo em face do incumprimento por parte da governação socialista de AC dos anteriores OE, não tendo por isso responsabilidades no chumbo do OE2022, já quanto ao PCP o assunto muda de figura. O PCP fiel ao seu estilo de “vale tudo” para conservar a sua base de apoio exclusivamente dependente da capacidade de mobilização sindical via CGTP, enquanto achou que não perderia eleitores pelos entendimentos políticos com AC, que longe de servir o País serviram apenas as reivindicações sindicais da CGTP, ao ser confrontado com os resultados alarmantes das últimas eleições autárquicas, com perdas de 43.000 votantes e 21 mandatos, viu-se obrigado a redefinir a sua política de apoio aos governos do PS e tomar uma posição perante a sua base eleitoral no sentido de se distanciar da governação de AC inviabilizando o OE2022. É da exclusiva responsabilidade do governo do PS de AC e do PCP, a inviabilização do OE2022.
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