Coronavírus Madeira

“Nós não estamos a brincar” garante Albuquerque

Novas medidas visam evitar um "colapso sanitário", disse o presidente do Governo Regional

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No início da semana existiam 70 cadeias de transmissão activas, agora são já mais de 120, razão pela qual o Governo Regional receia perder o controlo da pandemia.

Foi à margem da inauguração de um estabelecimento comercial, no Funchal, que o presidente do Governo esclareceu os jornalistas sobre as medidas mais restritivas que entram em vigor nos próximos dias. 

Instado a esclarecer se as novas regras eram obrigatórias ou apenas recomendações, Miguel Albuquerque deixou claro que, independentemente da sua obrigatoriedade, visam evitar o colapso dos sistemas de saúde e evitar novo confinamento geral. 

“Chame o que quiser", respondeu o chefe o Governo Regional, quando interpelado pelos jornalistas. "A preocupação é esta, e é bom os madeirenses perceberem isto. Neste momento ou nós cumprimos as normas, se nós perdermos a capacidade de controlar e monitorizar as cadeias de transmissão entramos em colapso sanitário. Entrar em colapso sanitário significa o quê, significa que perdemos o controlo da pandemia. Se perdermos o controlo da pandemia temos de passar a confinamento. Se passarmos ao confinamento encerra tudo e não temos capacidade de resposta dos serviços de saúde". 

A prioridade de Miguel Albuquerque é impedir e conter a expansão da pandemia, para tal é importante “manter a capacidade operacional dos cuidados intensivos” e garantir que “a zona covid-19 tem capacidade para receber as pessoas”. Só desta forma a Região manterá a “capacidade médica de tratar os doentes reais e potenciais”.

Sobre a constitucionalidade das medidas, o presidente do Governo afiança que tudo foi decidido "no quadro do plano de contingência" e da "salvaguarda da saúde pública".  

Cadeias activas duplicaram numa semana

Numa semana, a Madeira passou de 70 cadeias de transmissão activas para 120, motivo que adensa a preocupação das autoridades de saúde e do Governo Regional. 

Perante estes números, e caso a população não colabore no cumprimento das medidas anunciadas, Miguel Albuquerque teme que a Região perca o controlo da pandemia e a Madeira entra em "colapso sanitário", obrigado a medidas mais drásticas como o confinamento geral. 

"Nós não podemos, na Madeira, entrar em colapso sanitário, por se não temos de encerrar isto tudo e temos a situação descontrolada em termos de transmissão da doença".