Comunidades portuguesas são público-alvo diferente para a TAP
A presidente da TAP afirmou que vivemos num mundo competitivo, pelo que os preços são fruto do mercado. Christine Ourmières-Widener admitiu que estamos num mercado aberto, pelo que não tem certeza se o Estado, como principal accionista, poderá colocar limites nos preços praticados para a Madeira.
Christine Ourmières-Widener admitiu que as comunidades portuguesas são olhadas de forma diferente pela TAP. A presidente disse que a companhia aérea foi a única a viajar para o Brasil durante a crise pandémica, “sendo prioridade ligar todas as comunidades”.
Lopes da Fonseca referiu que um voo de Lisboa para a Madeira, vindo a 20 de Dezembro e regressando a 2 de Janeiro, custa quase 3 mil euros a uma família de quatro pessoas. O deputado do CDS questionou se o Estado não deveria ter um papel mais decisivo e quis saber se, se existir orientação para limitar preços para a Madeira, isso vai acontecer efectivamente.
A presidente da TAP admitiu haver flutuações de preços mediante a procura, em várias alturas do ano, mas que as ligações são pensadas de acordo com a procura que é sentida ao longo do tempo, com base nos estudos que vão sendo feitos.
Christine Ourmières-Widener assumiu ainda não ter as respostas a todas as perguntas, mas que a Páscoa e Verão poderão ser pensados atempadamente. No entanto, este ano não previam um aumento de procura tão grande como existiu este ano.
O importante é saber qual o valor que a TAP tem para o país” referiu a presidente, salientando ser importante que Portugal tenha uma companhia de bandeira. O papel económico da TAP já foi alvo de vários estudos e, na opinião de Christine Ourmières-Widener, não correspondem totalmente à realidade.
A presidente assumiu que os apoios do Estado são importantes, mas mais importante é que a companhia seja sustentável. O compromisso para com os contribuintes é fazer bom uso desses apoios.