5 Sentidos

Orquestra assinala 250 anos de Beethoven com concerto no sábado

Fotos DR/OCM
Fotos DR/OCM

"É já no próximo sábado que pode ouvir obras dos grandes mestres; Haydn e Beethoven! Um concerto da Orquestra Clássica da Madeira em parceria com a MUSICAMERA Produções, o Coro de Câmara da Madeira e quatro solistas", assinala o director artístico da OCM, Norberto Gomes. 

Assim, este será "um trabalho artístico com acompanhamento dos coros da maestrina Zélia Gomes e do maestro Brian MacKay, sendo dirigido pelo maestro convidado Martin André".

Este concerto "contará também com a participação da Soprano Mariana Pimenta, a Mezzo-Soprano Rita Coelho, o Tenor Alberto Sousa e o Barítono Ricardo Panela e, ainda, o Coro de Câmara da Madeira e o Záve – ZêzereArts Ensemble Vocal", acrescenta.

Do repertório poderá apreciar "a Sinfonia n.º 3 em Mi bemol, Op55 - 'Eróica' de Ludwig van Beethoven e a Missa in Angustiis [Nelson Mass] Hob:XXII Em Ré menor de Joseph Haydn", resume.

Refira-se que "este concerto, inserido no âmbito das comemorações dos 250 anos do nascimento de Beethoven, que deveria ter acontecido em 2020, evoca, através da sua 3.ª sinfonia, a sua vida e genialidade", realça. 

Um concerto para a família, que pode assistir com entrada gratuita, já este sábado, 20 de Novembro, pelas 21h00, na Sé do Funchal, e "desfrutar de um belíssimo repertório a ser interpretado pela nossa Orquestra e seus parceiros convidados", incentiva. "Um concerto de homenagem e de júbilo que não pode perder".

Curriculum

"Martin André frequentou a Yehudi Menuhin School (onde estudou piano) e estudou música na Universidade de Cambridge. Fez a sua estreia profissional dirigindo uma versão de câmara da Aida para a Ópera Nacional de Gales, onde passou várias temporadas como maestro residente. Durante este período trabalhou um vasto reportório, dando particular atenção ao séc. XIX italiano.

Entre 1993 e 1996 foi Diretor Musical da English Touring Opera, dirigindo óperas tanto em Londres como em digressões por todo o Reino Uno na Ópera ido. Em 1996 foi galardoado com o Arts Foundation Conducting Foundation.

Martin André é o único maestro que já dirigiu todas as grandes companhias de ópera britânicas. Desde que deixou o seu cargo na Ópera Nacional de Gales, tem-se apresentado à frente da Royal Opera House, Glyndebourne Touring Opera, Ópera da Escócia, Ópera Nacional Inglesa, Opera North e Ópera da Irlanda do Norte. Em 2000 dirigiu uma produção gravado ao vivo para a BBC de Londres de Le Nozze di Fígaro.

Atualmente divide a sua carreira profissional entre os teatros de ópera e as salas de concerto, dirigindo reputadas orquestras.

A sua carreira internacional inclui compromissos na África do Sul, Albânia, Alemanha, Austrália, Canadá, Estados Unidos, França, Holanda, Israel, Itália, Noruega, Nova Zelândia, Portugal, República Checa e Suíça."

"Alberto Sousa nasceu na Madeira e iniciou os seus estudos musicais no então Conservatório de Música da Madeira. Licenciou-se em Ensino do Canto na Universidade de Aveiro onde estudou com António Salgado e concluiu o Mestrado em Performance no Curso de Opera da Guildhall School of Music and Drama, na classe de canto de Laura Sarti.

Na sequência da sua participação na prestigiada Solti Te Kanawa Accademia di Bel Canto, gravou um CD de canção italiana produzido pelo maestro Richard Bonynge em comemoração do centenário do nascimento do maestro Georg Solti. 

Recentemente, Alberto ganhou o 2o lugar e Prémio do Público no Robert Presley Memorial Verdi Competition organizado pela Fulham Opera, uma companhia de ópera londrina que depois o convidou a cantar o papel de Gabriele numa nova produção de Simon Boccanegra (Verdi).

Os últimos dois anos têm-no levado a vários palcos internacionais e incluíram, entre outros projectos, uma tournée de concertos de repertório belcantístico no Japão, La Traviata (Verdi) no Barga Belcanto Festival (Itália), uma tourneé europeia de Orlando Paladino (Haydn) com a Purpur Opera e o seu debut no Gran Teatre del Liceu (Barcelona) com uma performance do Requiem de Mozart.

Em Londres, onde reside e trabalha, Alberto cantou recentemente La Bohème (Puccini) com o Clapham Opera Festival, Faust (Gounod) com a Swansea City Opera numa tourneé pelo Reino Unido e Pinkerton (Madama Butterfly, Puccini) em concerto no Cadogan Hall.

Projectos futuros incluem uma tourneé de Rigoletto (Verdi) com Regents Opera e Brighella em Ariadne auf Naxos (Strauss) com Grange Park Opera e o cover do papel titular no Nariz (Schostakovich) para a Royal Opera House."

"Mariana Pimenta nasceu na ilha da Madeira, Portugal. Iniciou a sua atividade musical na atual Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia, no coro Infantil, dirigido por Zélia Gomes. Prosseguiu a sua formação em canto, frequentando o curso Profissional do Conservatório Escola Profissional das Artes da Madeira.

Após concluir a Licenciatura em canto e o Mestrado em Educação de Música, na Universidade de Aveiro, onde estudou na classe de canto de António Salgado e Joaquina Ly, Mariana continuou a sua formação no Conservatório Real de Haia, na Holanda, especializando-se em canto na Música Antiga. Aqui estudou com Jill Feldman, Maria Acda Maas, Michael Chance e Peter Kooij, terminando o mestrado em Canto na Música Antiga com nota máxima e distinção.

Como solista, Mariana tem vindo a cantar oratória de compositores diversos, como Georg Friedrich Händel, Jan Dismas Zelenka, Johann Adolph Hasse, Johann Sebastian Bach, Niccolò Jommelli, Jean-Baptiste de Lully, Marc-Antoine Charpentier, Dietrich Buxtehude, Antonio Vivaldi, Jean Gilles, e Gabriel Fauré.

Na Ópera, Mariana Pimenta terá a sua estreia no papel de Teofane, da ópera Ottone, composta por Händel, com a companhia Concerto Valiante. Anteriormente trabalhou com a companhia de ópera Opera2Day, na produção Mariken in de tuin der Lusten, composta por Calliope Tsoupaki, onde cantou com o ensemble Capella Amsterdam e também foi suplente de dois papéis nesta ópera.

Mariana trabalha com alguma regularidade na ilha da Madeira, onde cantou com a Orquestra Clássica da Madeira árias de ópera do século XIX e XX, teve recitais a solo com as pianistas Honor O’Hea e Aniko Harangi, cantou com a Orquestra de Bandolins da Madeira, e foi solista de um concerto integrante no Festival de Órgão da Madeira, com a organista portuguesa Edite Rocha.

Atualmente Mariana Pimenta é membro solista do ensemble La Banda Ariosa, liderado por Susanne Herre, onde canta árias de ópera italianas do século XVIII, antes raramente tocadas. Na sala de concerto Tivoli Vredenburg, em Utrecht, cantou canções de Mozart com o pianofortista Rogério Rodrigues, como pré-concerto do pianofortista Bart van Oort.

Como trabalho em ensemble, foi membro do Vocal Ensemble, dirigido por Vasco Negreiros, com quem cantou nos Dias da Música do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, Joanna Musica, dirigido por Mário Trilha, Musica Temprana, dirigido por Adrián van der Spoel, com quem gravou o último CD Missa Criolla, e também Dieci Voci, dirigido por Michael Chance.

Como coralista é membro freelance do Coro da Rádio da Holanda, cantando com regularidade no Concertgebouw em Amesterdão.

Mariana Pimenta foi dirigida por maestros, tais como Gustavo Dudamel, Valery Gergiev, Markus Stenz, Martin André, Christophe Coin, Kate Clark, Peter van Heyghen, Teun van der Zwart, Patrick Ayrton, Nicola Luisotti e Sigvards Klava, e cantou em diversos países, tais como Portugal, Holanda, Bélgica, Itália, Alemanha e Equador."

"Rita Coelho, natural de Lisboa, iniciou o seu percurso no canto na Escola Artística e de Música do Conservatório Nacional, tendo frequentado a classe da professora Manuela de Sá. Progrediu para Licenciatura com a Professora Isabel Alcobia na Universidade de Aveiro. Ao longo do seu percurso trabalhou no âmbito de interpretação e aperfeiçoamento vocal com Lúcia Lemos, Orlanda Velez Isidro, David Santos, Jill Feldman, Ulrike Sonntag, João Paulo Santos, Helen Lawson, Brian MacKay, Pierre Mak e Jan Wierzba. Dentro do repertório operático já interpretou Second Witch em Dido e Eneias, Nicklausse em Os Contos de Hoffmann, Kate Pinkerton em Madama Butterfly e Mrs. Nolan em A Médium. Nos últimos anos colaborou frequentemente com os ensemble Moços do Coro e MPMP. Recentemente, apresentou-se num recital a solo ao lado de João Paulo Santos, no Teatro Nacional de São Carlos, do qual é membro do Coro.”

"Natural de Ílhavo - Portugal, Ricardo Panela consolidou-se nos últimos anos como um performer versátil premiado, com um repertório que vai desde o floreado Barroco e Bel Canto à ópera contemporânea. 

Na temporada 2020-2021, apesar da desaceleração forçada na atividade devido à pandemia global em curso, Ricardo gravou e lançou seus dois primeiros álbuns: Berlin im Licht - A Kurt Weill Songbook , seu álbum de estreia inteiramente dedicado às canções de Kurt Weill com da editora Artway Records, e Fernando Lopes Graça Songs and Folksongs (Naxos Classical), ambos com o pianista Nuno Vieira de Almeida. Ambos os álbuns foram recebidos com ótimas críticas que você pode ler aqui .

Na temporada 2018-2019, Ricardo criou o papel de De Valletta, na nova ópera Cidade da Humanidade de Reuben Pace , composta como parte da 'Malta Capital Europeia da Cultura 2018'. Ele também retorna à Ópera Valladolid para cantar seu primeiro Valentin no Fausto de Gounod.

Vencedor da categoria barítono do Concurso de Canto do Armel Opera Festival 2018, Ricardo recebeu o papel de Leporello em uma nova produção de Don Giovanni  a ser apresentada no Teatro Carlos Cueva Tamariz, no Equador, e no Palácio da Música em Budapeste em 2019. Após sua atuação na capital húngara, ele também ganhou o prêmio de melhor intérprete do Festival de Ópera Armel de 2019.

Em temporadas anteriores, Ricardo estreou-se com aclamação da crítica na Ópera Nacional do seu país, em Lisboa, em Les Dialogues des Carmelites de Poulenc , dirigido por Luís Miguel Cintra e na Opera Holland Park de Londres , como Masetto em Don Giovanni .

Em 2018, ele estreou com criticamente aclamados desempenhos do papel-título de Noé Mosley Mad Rei Suibhne no Inglês National Opera Lilian Baylis House, e Lescaut em de Massenet Manon para Opera Valladolid , sua estreia espanhola. Ricardo regressou também ao Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa, para uma produção de L'enfant et les sortilèges de Ravel, e ao Festival de Ópera de Longborough para cantar a sua primeira Ariadne auf Naxos.

Os destaques da carreira anterior incluíram as estreias em Londres de Don Chisciotte de Saverio Mercadante no Leighton House Museum e de Los Martirios de Colón de Federico Ruiz no Southbank Centre. Também em casa na Ópera, Oratório e Recital, Ricardo actuou também, entre outros, no Wexford Festival Opera, no Longborough Festival Opera e na Casa da Música - Porto.

Ele regularmente dá Recitais de Palestras no Cadogan Hall de Londres, tendo recentemente completado um ciclo de palestras onde pesquisou e explorou o impacto da Censura e Propaganda Política na Performance e Composição Operacional do período Barroco até a Segunda Guerra Mundial.

Ricardo recebeu duas bolsas da International Opera Awards Foundation , que o apoiou generosamente entre 2015 e 2016, e ele também gostaria de agradecer ao Nicholas Boas Charitable Trust, que forneceu um apoio inestimável ao longo do caminho.

Tendo iniciado os seus estudos musicais com a soprano brasileira Juracyara Baptista, Ricardo continuou a estudar na Universidade de Aveiro com o contrabaixista António Salgado, antes de se mudar para Londres para trabalhar com Laura Sarti na Guildhall School of Music & Drama. Depois de Guildhall, ele continuou seus estudos na Welsh International Academy of Voice com Dennis O'Neill e atualmente estuda com Sherman Lowe."