A cor azul!
Boa noite!
“A vocação marítima da Madeira continua a ser um dos melhores ativos da região, e se apoiada e incentivada, poderá resultar num novo caminho de crescimento e de desenvolvimento sustentável”.
Fui buscar esta tamanha constatação à edição n.º10 do LEME – Barómetro PwC da Economia do Mar, editado no ano passado.
E se o faço é porque o 1.º Encontro do Mar, que decorre até manhã no Colégio dos Jesuítas, enquanto momento de reflexão e de aprendizagem traduz esse espírito de conquista, de vontade para que a ‘nova’ Economia Azul adicione sustentabilidade à ‘velha’ Economia do Mar, com sabedoria, respeito e proveito, sem espertezas, nem extremismos, descobrindo e mergulhando nas oportunidades.
E se o faço é também porque, na última década, já moderei mais conferências, seminários e debates sobre o mar do que sobre outras vagas, sejam elas políticas ou sociais, ou até sobre a sempre mediática 'liberdade de expressão', tema que por sinal me leva esta semana a duas escolas, à boleia do dia mundial da Filosofia.
Miguel Albuquerque escreveu em Março deste ano, no Observador, que a Economia Azul é um desafio nacional, o que implica que seja explicado de forma inteligente. Do que hoje ouvi por parte da Mafalda Freitas, do João Figueira de Sousa, do Fernando Assis Correia, do João Fonseca Ribeiro, da Joana Reis e do Pedro Escudero mais do que planos e retórica há projectos em marcha que dignificam a aposta numa política marítima integrada.
Mas neste mar que hoje teve o seu dia nacional, que já é responsável por 10%do PIB regional e que será ainda mais imenso para Portugal com uma área 40 vezes maior do que a nossa área terrestre há muitas milhas por percorrer, preconceitos por derrubar e compromissos por estabelecer em nome de maior articulação entre entidades e capacitação dos cidadãos.
É caso para pôr a tocar ‘A Cor Azul’ na qual Miguel Ângelo lembra que "ninguém vê a luz do túnel, sem guardar a cor do mar".