Calado promete um ‘Funchal Jazz’ nos moldes antigos
“Temos muito boas recordações do Funchal Jazz como era organizado antigamente. Sofreu algumas alterações nos últimos anos e, na minha opinião, virou-se muito para um evento de jazz muito técnico, talvez mais virado para grandes conhecedores, para um público especial mas muito restrito”, afirmou Pedro Calado.
O presidente da Câmara Municipal do Funchal visitou, esta tarde, a Feira do Livro e também foi questionado sobre a realização de outro evento que era uma marca das vereações anteriores em que participou.
“O que gostaríamos de fazer era ter eventos de jazz mais populares, mais abertos, mais comerciais. Até tinha a ideia de fazer um evento mais dilatado no tempo, fazendo uma semana de jazz, em vários sítios, havendo a oportunidade de um concerto mais intimista, mais reservado aos apreciadores do puro jazz e um evento mais popular, grandioso, a culminar num sábado à noite em que as pessoas se sentissem mais envolvidas”, explica.
Pedro Calado já está a trabalhar para em 2022 já consiga realizar um Funchal Jazz em moldes diferentes dos actuais.
O presidente da CMF, eleito em Setembro, visitou a Feira do Livro que este ano comemora os 100 anos de José Saramago.
“Em primeiro lugar, tenho de dar os parabéns a esta organização. Julgo que o Funchal é a primeira cidade do país que está a celebrar o centenário de José Saramago, o primeiro português a receber um Nobel da Literatura e é com muito orgulho que a cidade do Funchal se envolve nessas comemorações”.
Sobre a forma como se realiza a feira lembra que é semelhante ao que acontecia quando esteve na autarquia e continua a defender a escolha do local, a Avenida Arriaga.
“É um centro comercial de livros a céu aberto”, explica. Uma boa localização que se associa ao facto de o evento acontecer “no início das compras de Natal”, o que é positivo para os livreiros,
“Para o próximo ano já tenho algumas ideias de algumas coisas que gostaria de corrigir, mantendo esta organização e este espírito, mas envolvendo mais a juventude, as nossas escolas, os nossos grupos." Pedro Calado, presidente da CMF
O objectivo passa por tornar a Feira do Livro ainda mais apelativa.
“Hoje, temos de combater essa digitalização, dos tablets, dos computadores, dos telemóveis, os miúdos têm de perceber que o manusear um livro, sentir um livro é positivo e que não há nada que substitua esse prazer”.
A realização da feira em Novembro ou, em alternativa, no início do Verão é algo que será decidido depois de ouvidos os participantes.
Calado chamou a si o pelouro da Cultura e deixa a garantia de que os artistas madeirenses serão privilegiados pela autarquia.
“A Madeira tem de estar aberta a todos os grandes artistas mas, em primeiro lugar, temos proteger os nossos artistas o que de tão bom a Madeira tem feito”, sublinha.
“Temos de aproveitar estes palcos para dar a conhecer os nossos artistas. Fazer eventos para privilegiar os que vêm de fora em relação aos nossos, não”.