JPP aponta "descaracterização" do Forte da Nossa Senhora da Conceição
O líder parlamentar do JPP, Élvio Sousa, questiona sobre o paradeiro do guindaste oitocentista
Em resposta à Administração dos Portos da Madeira, o JPP aponta que as obras de requalificação do Forte da Nossa Senhora da Conceição, mais conhecido como Forte do Ilhéu, localizado no Funchal, são uma "notória descaracterização" do monumento classificado como um 'ex-libris' da capital madeirense.
Em nota enviada à comunicação social, o líder parlamentar do JPP, Élvio Sousa, descreve a intervenção como um "banho artificial de um 'creme branco', a lembrar um 'bolo de noiva'", que cobrem as "muralhas na base do imóvel". O JPP considera o trabalho de "duvidosa qualidade e amador", comparando com a recuperação "do pano de muralhas do Cais da Ponta do Sol" ou a recuperação "do aparelho de pedra do classificado Aqueduto de Machico".
Élvio Sousa solicita ainda explicações à Administração dos Portos da Madeira e à Secretaria Regional de Turismo e Cultura sobre a requalificação da infra-estrutura, assim como sobre o paradeiro do guindaste oitocentista que pertencia ao Forte.
Desta feita, e tendo em vista discutir tecnicamente esta intervenção na sede do órgão de fiscalização governativa, estamos em crer que tanto a senhora presidente da APRAM, como o senhor Secretário Regional do Turismo e Cultura estarão disponíveis para esclarecer todas as dúvidas dos deputados do JPP. Quem não deve não teme. Por último, questiona-se, também, a APRAM sobre o paradeiro do guindaste oitocentista, um outro equipamento de memória singular do património industrial do Funchal, que existia na esplanada do Forte?