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Leitura do acórdão da morte de comandos marcada para 10 de Janeiro

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Só a 10 de Janeiro é que o tribunal vai anunciar a decisão sobre o processo da morte do madeirense Hugo Abreu, um dos dois recrutas que morreram em 2016. 

A notícia foi avançada, esta noite pela SIC, que revelou que o tribunal pediu alteração a factos da acusação. Por exemplo, sobre a interrupção dos exercícios e sobre o calor intenso no dia da morte dos comandos.

As alterações levaram os advogados novamente a tribunal para as alegações.

Segundo a estação televisiva, a defesa das famílias dos dois jovens que morreram assegura que durante as provas, chegaram a ser "atirados para as silvas como se fossem para uma piscina" e que "havia quem aceitasse esses exercícios".

O advogado fala em crime de abuso de autoridade porque os responsáveis não pararam o curso quando perceberam que as consequências podiam ser graves.

Por seu turno, a defesa do director do curso e de um dos instrutores, a quem o Ministério Público pede 10 anos de prisão efetiva alega que a condenação, a acontecer, é um abuso. Considera que os treinos a que são sujeitos permitem ganhar resistência e "chegarem vivos a Portugal" depois das missões.

Os dois comandos, Hugo Abreu e Dylan Silva, morreram em Setembro de 2016 durante a prova zero do curso de comandos. A leitura do acórdão ficou marcada para 10 de Janeiro de 2022.