Fretes marítimos entre o continente e os Açores são mais caros do que entre o continente e a Madeira
GSLines desmente líder parlamentar do JPP e mostra tabelas em vigor
Os fretes marítimos entre o continente e os Açores são entre 22% e 41% mais caros do que entre o continente e a Madeira. Uma garantia dada esta tarde ao DIÁRIO pela GSLines, empresa do Grupo Sousa e um dos armadores que opera em ambas rotas.
A GSLines põe assim em causa declarações do líder parlamentar do JPP, Élvio Sousa que esta tarde revelou "ser pertinente ouvir a Autoridade da Concorrência (Adc), enquanto entidade fiscalizadora, relativamente ao custo dos transportes de mercadorias e do frete, uma situação que condiciona e prejudica a economia regional", alegando haver “uma situação absolutamente vergonhosa e escandalosa no que concerne ao preço do transporte marítimo de mercadorias entre um porto do continente e os Açores, e com maior distância, ser mais barato do que do Continente para a Madeira".
Para a GSLines, a abordagem às tabelas de fretes e estruturas de preços não pode ser leviana. Exige rigor e entendimento da diversidade de situações. “Existem reduções/desconto de frete em função da negociação cliente a cliente como é normal em qualquer actividade. Depois o frete não varia apenas em função da distância, varia também com a dimensão do mercado, da procura, das obrigações de serviço público, da dimensão dos navios, das características do serviço, da taxa de cobertura das importações pelas exportações, das limitações dos portos em termos de espaço e rapidez das operações, entre outros”, esclarece.
Na Madeira operam três armadores: a GSLines (do Grupo Sousa), a Transinsular e a Vieira e Silveira (do Grupo ETE). Nos Açores operam três armadores, a GSLines (do Grupo Sousa), a Transinsular (do Grupo ETE) e a Mutualista Açoreana (do Grupo Bensaúde).