Madeira

PS quer Rogério Gouveia e Emília Alves no Parlamento

Foto DR/PS
Foto DR/PS

O Grupo Parlamentar do PS-Madeira vai chamar o secretário regional das Finanças e a ex-presidente do Instituto de Desenvolvimento Regional (IDR) para explicarem na Assembleia Legislativa da Madeira "as recentes alterações na liderança do Conselho Diretivo" daquele importante instituto que gere os fundos comunitários, situação que motiva "a maior preocupação" dos socialistas

Assim, vão "requerer a presença" de Rogério Gouveia e de Emília Alves no Parlamento para explicarem "as motivações para as mexidas no instituto que tem a seu cargo a gestão dos fundos comunitários", frisa uma nota da bancada do PS-Madeira.

"O Grupo Parlamentar do PS vê na substituição da presidente do IDR uma nomeação irrefletida, feita em cima do joelho e no pior momento possível quando a Madeira executa a primeira tranche do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Motivos que lançam a chamada de alerta e merecem esclarecimentos cabais por parte da tutela do IDR, bem como da anterior presidente", acrescentam.

Citando o presidente do Grupo Parlamentar do PS, Rui Caetano, lembram que "está em causa uma manobra político-partidária que importa esclarecer, num momento de fulcral importância para a Região Autónoma da Madeira. Recorde-se que o IDR é responsável pela gestão do PRR que se encontra já em marcha. O momento para alterações na liderança do organismo não podia ser pior e compromete não só a imagem pública como a credibilidade da instituição junto dos agentes económicos e organismos públicos, incluindo na União Europeia", justificam.

Aliás, recordando que "no total, chegará à Madeira nos próximos anos perto de 2 mil milhões de euros, juntando o PRR com o próximo Quadro Financeiro Plurianual de Fundos Comunitários, fundos geridos pelo IDR", o líder parlamentar socialista diz que “é inadmissível que os madeirenses, os agentes económicos e responsáveis europeus assistam a esta verdadeira novela de cadeiras e de jogos de poder através dos jornais num organismo de importância fulcral para o futuro da nossa Região, onde se impõe tranquilidade e, acima de tudo, credibilidade".

Refere ainda Rui Caetano que vê "neste caso mais uma prova de um velho hábito do Governo Regional", em que há “purgas e nomeações políticas motivadas não pela competência técnica ou meritocracia, mas sim por interesses político-partidários”,acusa.

Rui Caetano alerta, para outro dado: “Além de o Governo Regional ter alocado a totalidade das verbas do PRR para investimento público centralizado, para a sua gestão, subtraindo empresas e autarquias – ao contrário do que acontece em Portugal Continental e Açores – parece que também pretendem, com estes jogos de poder, controlar os cargos e as pessoas que mexem com a gestão dessas verbas.” Facto que na opinião do líder do Grupo Parlamentar exige esclarecimentos de forma cabal e em sede própria, de forma transparente e sem margem para especulações."