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UE admite novas sanções contra Bielorrússia devido à onda de migrantes

FOTO 16.ª DIVISÃO MECANIZADA/EPA
FOTO 16.ª DIVISÃO MECANIZADA/EPA

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) abrem hoje caminho a novas sanções contra a Bielorrússia e, numa reunião com ministros da Defesa, iniciar as negociações sobre a futura estratégia de Defesa e Segurança.

Com uma agenda muito preenchida, os chefes de diplomacia dos 27 começam por se reunir, em Bruxelas, num Conselho de Negócios Estrangeiros com vários pontos em agenda, entre os quais a situação nas fronteiras com a Bielorrússia e "a instrumentalização de migrantes" pelo regime de Alexander Lukashenko, que será alvo de um quinto pacote de sanções.

Há vários dias a tentar conter as chegadas na Bielorrússia, sobretudo através de contactos com vários países, especialmente da região do Médio Oriente, para convencê-los a evitar que as pessoas embarquem em voos para Minsk -- tendo a Turquia sido o primeiro país a decretar tal proibição -- a UE deverá dar hoje 'luz verde' ao reforço das sanções contra o regime de Lukashenko, com a ampliação da 'lista negra' de indivíduos e entidades alvo de medidas restritivas, e que poderá incluir companhias aéreas que pactuem com aquilo que o bloco europeu classifica como um 'ataque híbrido' contra a União.

A UE acusa Minsk de orquestrar o fluxo migratório, em particular através da emissão de vistos, como retaliação às sanções ocidentais impostas ao regime de Alexander Lukashenko após a repressão brutal de dirigentes da oposição.

Após o Conselho de Negócios Estrangeiros, cuja agenda contempla ainda discussões sobre o Sahel e os Balcãs Ocidentais, entre outros temas, os chefes da diplomacia da UE terão a partir das 18:30 locais (17:30 de Lisboa) uma sessão conjunta com os ministros da Defesa, no que é conhecido em Bruxelas como o "Conselho Jumbo", no qual o Alto Representante Josep Borrell vai apresentar formalmente aos 27 o primeiro esboço de proposta da nova "Bússola Estratégica" da União.

O objetivo da "Bússola" é "dar à UE orientações e ferramentas para agir de forma eficaz à luz das ameaças e superar os desafios no domínio da Defesa e da Segurança", constituindo a discussão de hoje em torno do documento apresentado por Borrell o início das negociações entre os 27, que deverão decorrer ao longo dos próximos meses.