Governo afasta Emília Alves da presidência do IDR e nomeia Maria João Monte
A Secretaria Regional das Finanças anunciou, esta tarde, através de comunicado, que a partir de amanhã Maria João Monte vai assumir a presidência do Instituto de Desenvolvimento Regional (IDR), cargo que era ocupado até agora por Emília Alves. A nova presidente contará com um novo vogal, Ricardo Manica, e com uma vogal que já se encontrava em funções, Natércia Xavier.
Esta decisão surge na sequência de uma notícia na edição do JM de hoje que dava conta do descontentamento de Emília Alves com alterações impostas na sua equipa, com a entrada do novo vogal. A este propósito, o comunicado refere que “a Secretaria Regional das Finanças não ‘impõe’ decisões aos organismos tutelados”, já que “toma resoluções políticas e de gestão, assentes exclusivamente em critérios de interesse colectivo, que conduzam ao sustentado desenvolvimento e coesão territorial de toda a RAM”. A mesma entidade sublinha que “o Governo Regional não abdica de tomar as decisões estratégicas que a cada momento se mostrem mais adequadas para assegurar o regular e eficiente funcionamento dos serviços da Administração Pública Regional”.
A Secretaria Regional das Finanças garante que “os ora nomeados têm provas dadas na área da gestão de fundos, de coordenação de projectos e da gestão da coisa pública, com zelo e responsabilidade” e “espera que a nova equipa directiva, dinamize a actividade do IDR, promova a articulação com as entidades europeias e nacionais, que incentive a informação útil e atempada aos organismos intermédios e aos beneficiários e, naturalmente, também respeite as orientações da tutela, por forma a que a gestão dos dinheiros comunitários seja eficiente e eficaz, como se espera”.
O IDR tem uma intervenção na gestão do pacote de fundos comunitários disponíveis para a RAM nos próximos anos, onde se inserem o REACT, Plano de Recuperação e Resiliência e o próximo Quadro Financeiro Plurianual. Segundo a Secretaria das Finanças, estes fundos “constituem uma oportunidade única de estímulo ao investimento e ao crescimento da economia, que não pode ser desperdiçada”. “A utilização de forma eficiente e dentro dos prazos estabelecidos dos fundos europeus não é compatível com atrasos e ineficiências”, remata a nota.