Ministro indiano reivindica "grande flexibilidade" para aprovar decisões
![Foto EPA/ROBERT PERRY](https://static-storage.dnoticias.pt/www-assets.dnoticias.pt/images/configuration/R/42148596_34758822.jpg)
O ministro do Ambiente indiano, Bhupender Yadav, afirmou hoje que o país, juntamente com o Brasil, África do Sul e China, demonstrou "grande flexibilidade" na COP26 para aceitar medidas de combate às alterações climáticas face aos desafios internos de desenvolvimento.
"Reconhecemos a necessidade de avançar e alcançar resultados concretos na COP26. Para isso, demonstrámos grande flexibilidade para chegar a um resultado que seja aceitável para todos", disse Bhupender Yadav numa intervenção no plenário final da 26.ª cimeira do clima das Nações Unidas (COP26), a decorrer em Glasgow, falando em nome do grupo BASIC, composto pelo Brasil, África do Sul, Índia e China.
Os países do BASIC, acrescentou, "comprometeram-se com ações climáticas ambiciosas sem esquecer os desafios de desenvolvimento sérios que enfrentamos em casa".
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Yadav apelou aos países desenvolvidos para "darem um passo em frente para cumprir não só os seus compromissos de reduzir emissões, mas também de acelerar financiamento, transferência de tecnologia e desenvolvimento de competências nos países em desenvolvimento".
Embora tenha notado "sinais encorajadores" em várias áreas e progresso em termos de financiamento, salientou a "profunda preocupação com a falta de mecanismos para pôr em prática estas medidas. A 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26) adotou formalmente uma declaração final com uma alteração de última hora proposta pela Índia que suaviza o apelo ao fim do uso de carvão.
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A alteração foi proposta por Bhupender Yadav, que pediu para mudar a formulação de um parágrafo em que se defendia o fim progressivo do uso de carvão para produção de energia sem medidas de redução de emissões.
A proposta acabou por ser aprovada pelo presidente da cimeira, Alok Sharma, que afirmou de voz embargada "lamentar profundamente a forma com este processo decorreu".
O documento final aprovado, que ficará conhecido como Pacto Climático de Glasgow, preserva a ambição do Acordo de Paris, alcançado em 2015, de conter o aumento da temperatura global em 1,5ºC (graus celsius) acima dos níveis médios da era pré-industrial.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, comentou o acordo alcançado em Glasgow alertando que apesar de "passos em frente que são bem-vindos, a catástrofe climática continua a bater à porta".