Madeira

José Manuel Rodrigues congratula-se com Estatuto do Antigo Combatente na RAM

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Foto Facebook José Manuel Rodrigues

Esta tripla comemoração do Armistício, do fim da Guerra no Ultramar e da fundação da Liga dos Combatentes, tem um profundo significado, pois demonstra que, finalmente, a questão dos antigos Combatentes começa a ser encarada sem preconceitos ou complexos pela maioria dos nossos conterrâneos

Começou por dizer o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira na Cerimónia do Dia do Armistício, que decorreu esta manhã, na Avenida do Mar e das Comunidades Madeirenses, no Funchal.

José Manuel Rodrigues – que sublinha que “esta não é uma questão ideológica ou política”, mas antes “uma questão de justiça e de reconhecimento” – a recordou a propósito que na passada quinta-feira, o Parlamento da Madeira aprovou, por unanimidade de todas as forças políticas, a adaptação à Região do Estatuto do Antigo Combatente.

“Hoje, digo com orgulho que a Madeira vai passar a ter um Estatuto do Combatente mais justo e mais solidário que o do restante território nacional, com benefícios inovadores em diversas áreas, como o direito a apoio médico e psicológico, o direito de preferência na habitação social, a gratuitidade nos transportes públicos e a entrada gratuita nos museus e monumentos”, sublinhou.

O líder do parlamento madeirense destacou ainda que “muitos destes apoios são extensíveis às viúvas dos antigos combatentes e, nalguns casos, aos restantes familiares directos”.

“Estão assim garantidos alguns direitos de milhares de homens que cumpriram com os seus deveres para com Portugal”, enfatizou.

Numa outra nota, José Manuel Rodrigues observa que “a colonização e a descolonização dos territórios ultramarinos são, ainda hoje, situações traumáticas na sociedade portuguesa. A guerra, todas as guerras são más, deixa feridas difíceis de cicatrizar e marcas custosas entre as pessoas e as comunidades”.

Ressalva, porém, que “não se pode ler os factos históricos à luz dos valores de hoje ou das consciências que, entretanto, fomos adquirindo ao longo dos tempos. Muitos menos se pode apagar a História, condenar os seus protagonistas ou proceder a revisionismos para afagar as nossas dores e sossegar as nossas almas”.

Terminou reiterando o compromisso de perpetuar a memória dos antigos combatentes: “Não vos esquecemos. O povo não vos esquece. A História não vos esquecerá”.