Madeira

Sindicato dos Professores analisa medidas a tomar pela pressão para não haver greve

Foto Arquivo/Aspress/Rui Silva
Foto Arquivo/Aspress/Rui Silva

Já depois de ontem á noite ter denunciado "atropelos ao direito à greve", o Sindicato dos Professores da Madeira (SPM) está a dedicar a manhã desta sexta-feira a perceber, junto dos seus associados e das escolas da Região, sobre o impacto da greve nacional da Função Pública à qual  aderiram.

De acordo com o presidente do SPM, Francisco Oliveira, garante que vão fazer um balanço até à hora do almoço, sobretudo "perceber o que se passa", mas garantiu ao DIÁRIO, tal como referira ontem no comunicado, "mais importante do que os dados" da adesão, "face ao que aconteceu ao longo sobretudo do dia de ontem, com a tentativa de aniquilar esta greve, para nós o essencial é contactar e informar os colegas, uma vez que só ontem ao final do dia nos apercebemos da dimensão do problema, porque a informação que se passou é que não havia greve", denuncia.

Sindicato dos Professores da Madeira denuncia "atropelos ao direito à greve"

O Sindicato de Professores da Madeira denunciou, hoje, aquilo que considera ser "atropelos ao direito à greve" dos docentes, pelo que enviou um ofício ao Secretário Regional de Educação sobre o assunto.

"E isso passou desde a DRAE (Direcção Regional de Administração Escolar) até às direcções das escolas", acrescenta. "Os professores foram ameaçados de faltas injustificadas. Esta greve está indelevelmente ferida de morte, antecipadamente. Portanto, hoje seria um dia para aferir da adesão dos professores e dos educadores e na Administração Pública em geral, em relação às reivindicações que temos e que são sobretudo de âmbito nacional, passam pela Assembleia da República, nomeadamente a questão da aposentação específica dos docentes, que para nós é crucial, em vez disso vamos estar a falar do direito à greve, um direito constitucionalmente consagrado", atirou.

Ainda que lamente que "muitos colegas, por terem sido ameaçados, já não vão aderir a esta greve", o certo é que há escolas afectadas pela paralisação. "Vamos ter de apurar responsabilidades" sobre de quem partiu esta situação que colocou em causa a greve agendada, inclusive com "a retirada de placares e proibição de outros de serem afixados nas escolas", disse Francisco Oliveira.

Noutros sectores, segundo balanço do STAL ontem à noite no Funchal, entre outras grandes cidades portuguesas, houve "adesão muito significativa" à greve nos serviços de recolha de lixo e limpeza urbana.

Greve da função pública com "forte adesão" ao início da noite

A greve da função pública registava "forte adesão" ao início da noite de quinta-feira, sobretudo "nos setores de recolha de lixo e higiene urbana", disse hoje o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL).