Intrigante no mínimo!
Com que mão Marcelo, um homem que vem de lá de trás, cumprimentou o candidato a presidente do partido a que pertence, o PSD, que ainda antes de vencer Rui Rio já conquistou o coração do ainda Presidente da República, Paulo Rangel, já benzido e abençoado por tal figurante na actual Democracia? Marcelo que se sabe e nota-se à distância nunca morreu de simpatia por António Costa e muito menos pelo socialismo, pois Marcelo não aprecia quem o supere em inteligência e acção, faz quase tudo para ultrapassar ou atrapalhar o mandato do ainda 1º ministro que se equilibra na frágil corda bamba do hemiciclo onde se senta, até que seja afastado pela sentença já proferida na Assembleia da República por um molho de deputados conjugados mas conflituosos e por vezes prejudiciais ao Povo, o mesmo que será chamado a novas Eleições para o repor no lugar em que se mantém hoje? Qual a verdadeira razão que levou Marcelo a “convidar” e receber Rangel que diz ter “pedido, para disfarçar, o encontro” no Palácio de Belém e com que intuito, pois o PR, não dá ponto sem nó e sempre que pode pretende exibir-se como dono-disto- tudo, e que não o sendo demonstra desgosto claro? Marcelo é um homem que vem de lá do tempo da outra senhora e que se saiba nunca mexeu palheira para um qualquer Abril, que lhe desse como o acontecido em 25 de 1974 lhe proporcionou, e com que nunca sequer sonhou, e assim continuaria a ser Professor, o que não é desonra nenhuma, só o seu salário, vantagens e viagens para todo o lado é que não seriam para gabarolices, como o sabem os professores que circulam pelo Ensino e pela Educação de miúdos e graúdos. Marcelo anda com certeza satisfeito com o desfecho que saiu em sorte a Costa, personagem que adora ver pelas costas há muitas luas, até que se juntou em silêncio mal disfarçado, aos despachantes com assento na Assembleia, que dizem nos representam. O seu dia chegou e agora a oportunidade de colocar o “seu convidado” que fora recebido a despropósito, sem que o Povo entenda qual a tal “mãozinha”, que está ao seu dispor e vontade. Porém tal vontade só terá expressão validada se o Povo da Nação não o contrariar e tiver outro entendimento do que foi o mandato do enquanto 1º ministro em exercício e com as mãos cheias de medidas travadas para por o país de novo em funcionamento mas já mais avisado pelos seus e pelos que enchem as bancadas parlamentares respectivas. Marcelo pode ser, popular, mas não será nunca motivo, para pular... de contentamento!
Joaquim A. Moura