Tufão Lionrock afasta-se de Macau, sinal 8 deve baixar durante a madrugada
O tufão Lionrock está a afastar-se de Macau e o sinal 8 poderá ser baixado durante a madrugada de domingo, anunciaram hoje os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG).
Entre as 02:00 (19:00 de sábado em Lisboa) e às 04:00 (21:00), as autoridades vão considerar emitir o sinal 3, mas a região ao longo da costa da província chinesa de Guangdong vai continuar sob a influência da "circulação externa" do Lionrock, com aguaceiros e trovoadas, disseram os SMG.
Às 00:00 (17:00 em Lisboa), a tempestade estava a cerca de 500 quilómetros a sudoeste de Macau, e a afastar-se gradualmente do território, acrescentaram.
O Centro de Operações da Proteção Civil registou, até agora, 30 ocorrências em Macau e nas ilhas (Taipa e Coloane), relacionadas com danos em construções, quedas de objetos, árvores, reclamos, toldos, janelas, andaimes.
As autoridades indicaram também terem registado cinco feridos, sem adiantarem pormenores.
De acordo com a Autoridade de Aviação Civil, o Aeroporto Internacional de Macau contava nove atrasos, quatro cancelamentos de voo e 13 passageiros no terminal.
Nos quatro centros de acolhimento de emergência, abertos quando foi emitido o sinal 8 de tempestade tropical, às 06:00 (23:00 de sexta-feira em Lisboa), encontram-se atualmente 21 pessoas, indicou o Instituto de Ação Social (IAS).
A escala de alerta de tempestades tropicais é formada pelos sinais 1, 3, 8, 9 e 10, cuja emissão depende da proximidade da tempestade e da intensidade dos ventos.
As autoridades avisaram ainda para a possibilidade de um novo ciclone tropical se aproximar de Macau nos próximos dias: "espera-se que o ciclone tropical Kompasu localizado a leste das Filipinas, se aproxime do estreito de Luzon no início da próxima semana".
Desde 2017, três tufões obrigaram as autoridades a emitir o alerta máximo, com o último (Higos) a atingir Macau em agosto de 2020.
Em setembro de 2018, o Mangkhut provocou 40 feridos e inundações graves no território.
Um ano antes, o tufão Hato (posteriormente denominado de Yamaneko pelas autoridades locais), considerado o pior em mais de 50 anos a atingir o território, causou dez mortos e 240 feridos.