Madeira

Câmara Municipal da Ribeira Brava assinalou Dia Mundial da Saúde Mental

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A Câmara Municipal da Ribeira Brava assinalou hoje o Dia Mundial da Saúde Mental com uma conferência a cargo das psicólogas Letícia Oliveira e Sara Moniz e dos nutricionistas Diogo Fiqueli e Orlando Fernandes.

Segundo Letícia Oliveira, a saúde mental é um tema cada vez mais pertinente e a sociedade está mais sensível para esta problemática que afecta muitas pessoas. A pandemia acabou por trazer o assunto à tona e obrigou a encontrar respostas adequadas às dificuldades sentidas no dia-a-dia.

A psicóloga alerta para a importância de olharmos para a saúde como um todo, já que não há saúde física sem saúde mental, e aconselha a olharmos com atenção para a forma como nos sentimos no dia-a-dia. “Uma boa forma de identificarmos os níveis da nossa saúde mental tem a ver com a nossa motivação para as tarefas diárias. Quando perdemos a vontade de estar com outras pessoas e de tratar das nossas coisas, podemos estar a desenvolver uma sintomatologia depressiva”, alerta a profissional de saúde.

Uma das soluções poderá passar pela partilha dos sentimentos, uma vez que “acumular demasiada pressão e angústia acaba por ter reflexos negativos no nosso estado emocional”, sustenta.

Sem números concretos sobre a doença mental na Madeira, nota que as pessoas estão mais sensíveis a esta temática e há uma maior procura por respostas, quer da parte dos profissionais de saúde, quer da parte da população que tem mais sensibilidade para o assunto. Há, contudo, falta de recursos humanos para dar resposta a todas as situações ligadas à saúde mental.

Quando se fala em corpo e mente sãs, a alimentação é um factor a ter em conta. O nutricionista Diogo Fiqueli abordou a importância dos alimentos para a preservação da saúde mental e desmistificou mitos sobre a lactose, o glúten, os ovos, o chocolate e os suplementos alimentares.

Por outro lado, Orlando Fernandes teve uma intervenção focada na dieta mediterrânea que ajuda a promover a saúde mental, diminui os riscos de doenças cardiovasculares e promove o envelhecimento saudável.

Falando para uma plateia composta por alunos da Universidade sénior e por utentes do Espaço Intergeracional de São João, o nutricionista destacou a necessidade de uma alimentação variada com produtos regionais e a ingestão de água e infusões. É ainda aconselhável fazer três refeições diárias, comer mais peixe do que carne e incluir sopas de verdura ao jantar. A dieta mediterrânea aliada à atividade física é um dos factores preventivos das doenças do foro mental onde se inclui a depressão, a ansiedade e os ataques de pânico.