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Aeroporto de La Palma continua encerrado devido à acumulação de cinzas

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O aeroporto da ilha de La Palma continua fechado ao tráfico devido à acumulação de cinzas do vulcão Cumbre Vieja, embora os outros aeroportos das ilhas Canárias estejam a funcionar normalmente.

A empresa que faz a gestão do espaço aéreo em Espanha (AENA) informou hoje, através da rede social Twitter, que os trabalhos de limpeza continuam no aeroporto de La Palma, que está fechado desde quinta-feira devido às cinzas vulcânicas acumuladas nas suas pistas.

A situação complica as comunicações externas da ilha, mas não a deixa incomunicável, pois as rotas marítimas regulares operadas várias vezes ao dia pelas companhias de navegação ainda estão em serviço.

Por outro lado, os abalos sísmicos na ilha de La Palma têm vindo a aumentar nas últimas 24 horas, tanto no número de terramotos como na sua magnitude, após a diminuição observada nos últimos dias, segundo informações atualizadas do Departamento de Segurança Nacional espanhol (DSN).

Na madrugada de hoje, o Instituto Geográfico Nacional espanhol (IGN) localizou 40 movimentos sísmicos na ilha, um deles de magnitude 3,8 na escala de Richter a uma profundidade de 36 quilómetros, debaixo do município de Fuencaliente, onde 33 desses sismos foram localizados até agora, e os restantes em Villa de Mazo.

No vigésimo dia da erupção do vulcão Cumbre Vieja, cientistas e especialistas continuam a acompanhar a evolução das emissões de lava depois da abertura, na quinta-feira, de uma derivação do fluxo principal de lava que se separou da rota seguida por este último.

Esta derivação destruiu mais culturas de banana, a produção agrícola mais importante na ilha, bem como armazéns e alguns edifícios.

Nas últimas horas houve também um agravamento da qualidade do ar devido à forte inversão térmica a baixas altitudes, entre 600 e 700 metros acima do nível do mar, e aos ventos fracos que impedem a dispersão de poluentes.

De acordo com a agência de notícias espanhola EFE, a área afetada pela lava atingiu até agora 431,2 hectares e no seu caminho, para além de casas e culturas, o magma também enterrou 26,47 quilómetros de vias de comunicação.