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Wall Street fecha em alta empurrada por possível solução do limite da dívida EUA

Foto DR
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A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta, com os investidores satisfeitos com um adiamento até dezembro da questão do limite da dívida pública federal, que os estava a desassossegar.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average avançou 0,30%, para os 34.416,99 pontos, o tecnológico Nasdaq progrediu 0,47%, para as 14.501,91 unidades, e o alargado S&P500 ganhou 0,41%, para as 4.363,55.

A sessão tinha começado em baixa, com os investidores a cederem às inquietações com a inflação e o que, então, se assemelhava a um impasse no congresso sobre o limite da dívida federal.

Porém, mudou de rumo, depois de um anúncio feito pelo chefe dos conservadores no Senado, Mitch McConnell, em que admitiu votar a favor de uma medida de urgência que adiaria, de 18 de outubro para dezembro, o prazo limite para encontrar um acordo sobre a subida do limite da dívida federal.

Sem este acordo, os EUA arriscam-se a entrar em incumprimento sobre o serviço da sua dívida, algo que seria inédito na sua história.

"Começámos hoje com os investidores nervosos", por causa do eventual incumprimento, mas, "pelo menos, por enquanto, este desastre potencial passou para segundo plano", reagiu Art Hogan, responsável pela estratégia d investimento na National Securities.

"Só restavam 12 dias (antes da data de 18 de outubro), pelo que tudo o que possa trazer uma pequena dose de otimismo alivia os investidores", reforçou Ross Mayfield, analista da estratégia de investimentos da Baird.

Porém, nada está decidido, porque os republicanos não querem contribuir para uma solução de longo prazo, que requereria uma manobra parlamentar complicada, protagonizada apenas pelos democratas.

Sempre preocupados com a inflação, os investidores começam a escrutinar as primeiras informações da época de divulgação de resultados trimestrais.

Mas, na frente das ações, releva a forte queda dos títulos da Moderna (mais de 21% desde quinta-feira), no seguimento do anúncio pela rival Merck de um possível comprimido contra o novo coronavirus.