Moçambique quer construir cerca de 3.000 salas de aula até 2022
O Ministério da Educação de Moçambique quer construir até ao próximo ano cerca de 3.000 salas de aula no país, para melhorar as condições de ensino, disse hoje fonte oficial.
"O setor tem uma meta de construir este ano e até ao próximo mais de 3.000 salas de aulas", disse Lina Portugal, representante do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano de Moçambique, citada hoje pela Televisão de Moçambique.
A responsável falava durante cerimónia de celebração do Dia Mundial do Professor, que se assinala hoje, na qual foi também lançada a semana do professor no país.
As infraestruturas serão erguidas em todo o país e a componente de higienização é fundamental, frisou a representante do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano.
Segundo o Ministério da Educação, as 3.000 salas de aula deverão beneficiar aos alunos do ensino primário e secundário, visando a melhoria das condições de ensino e de trabalho dos professores.
Moçambique tem 7.484 turmas ao relento e existem no país 28.269 salas feitas em capim e adobe (barro), segundo dados apresentados pelo Ministério da Educação em setembro.
O Governo moçambicano e oito parceiros de cooperação renovaram em julho um memorando de entendimento visando melhorar a qualidade da educação no país.
Portugal, Alemanha, Canadá, França, Finlândia, Itália, Irlanda e Fundo das Nações Unidas para a Infância contribuem para o Fundo de Apoio ao Setor da Educação (FASE) e anualmente têm desembolsado 80 milhões de dólares (68 milhões de euros) para a educação em Moçambique, numa iniciativa criada em 2002.
O novo acordo assinado este ano pretende assegurar o acesso a uma educação de qualidade, implementar e consolidar um sistema de monitorização, avaliação e aprendizagem "alinhado ao plano baseado em resultados".