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Vendas de veículos no Brasil crescerão muito menos do que o previsto

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As vendas de veículos no Brasil crescerão apenas 4,8% este ano face a 2020, quase um quarto da expansão de 16% inicialmente prevista, devido à falta de materiais semicondutores nas fábricas, que fez reduzir significativamente a oferta.

As estimativas foram divulgadas na segunda-feira pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), que indicou que a projeção no início do ano era de venda de 2,39 milhões de veículos em 2021, acima de 2,05 milhões unidades vendidas em 2020.

Até julho, as estimativas já haviam baixado para 2,3 milhões de veículos e em outubro reduziram novamente, agora para 2,15 milhões de veículos.

O problema, segundo a Fenabrave, não é a falta de compradores, mas a falta de componentes para a fabricação de automóveis, carência que tem afetado especialmente o segmento automobilístico.

"Hoje possivelmente vivemos o ponto mais crítico desta crise de abastecimento de veículos, mas acredito que, nos primeiros meses de 2022, teremos maior clareza sobre a solução do problema", disse Alarico Assumpção Júnior, presidente da entidade, citado em comunicado.

Em setembro, as vendas de automóveis, veículos comerciais leves, camiões e autocarros no país sul-americano caíram para 155.083 unidades, uma redução de 25,3% em relação ao mesmo mês de 2020 (207.688 unidades) e de 4,43% em comparação com agosto.

De acordo com a entidade, o mais afetado foi o segmento de automóveis, com queda de 32,28%.

No acumulado de janeiro a setembro, a venda de automotores registou um aumento de 14,78% (com 1.577.267 unidades) frente ao mesmo período do ano passado.

A fabricação de veículos no Brasil caiu de 2,95 milhões de unidades em 2019 para 2,01 milhões em 2020 devido à pandemia do novo coronavírus.