Sara Cerdas critica Comissão Europeia e fala em "precedente legislativo inaceitável"
No âmbito do pacote legislativo que visa reforçar a União Europeia contra futuras ameaças em saúde e que pretende tornar a União Europeia mais resiliente a futuras ameaças, será criada uma nova autoridade: HERA
O Parlamento Europeu debateu esta tarde, em Estrasburgo, a nova Autoridade Europeia de Preparação e Resposta a Emergências Sanitárias (HERA), que pretende garantir uma abordagem coordenada da União Europeia a futuras crises.
A eurodeputada eleita pelo Partido Socialista (PS), Sara Cerdas, aproveitou o momento para criticar a Comissão Europeia pela não inclusão do Parlamento Europeu na mesa de negociação desta nova autoridade, considerando que "além do precedente legislativo inaceitável", os eurodeputados devem "estar envolvidos na melhoria da proposta apresentada" e ser "parte integrante" neste processo.
Na intervenção em plenário, a madeirense enalteceu a importância do papel do Parlamento na garantia de que a HERA dispõe de "financiamento robusto, claramente definido e que não absorva a maior parte dos fundos do programa europeu para a saúde, o EU4Health".
Sara Cerdas pediu ainda "transparência na sua relação com o sector privado, abertura na sua relação com as associações de doentes e proximidade na sua relação com os cidadãos e os seus representantes".
A pandemia levou a União Europeia a iniciar um esforço sem precedentes em prol de uma verdadeira União Europeia para a Saúde. Este esforço inclui a criação da Autoridade Europeia de Preparação e Resposta a Emergências Sanitárias, que reforça a nossa capacidade de prevenir, detetar e responder atempadamente. Os objetivos a que todos nos propusemos só poderão ser alcançados se todos estivermos igualmente envolvidos e comprometidos na sua concretização. Depois de tudo o que foi alcançado, precisamos agora de concluir a construção da União Europeia para a Saúde com o mesmo espírito de colaboração inicial. Os europeus não aceitarão que seja de outra forma. Sara Cerdas