Draghi "orgulhoso" dos resultados na luta contra o aquecimento global
O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, declarou-se hoje "orgulhoso" dos resultados da cimeira do G20 em Roma, na luta contra o aquecimento global, precisando, no entanto, ser "apenas o começo".
"Comprometemo-nos a manter a meta de 1,5 graus ao nosso alcance", afirmou Draghi no discurso de conclusão da cimeira do grupo das economias mais desenvolvidas do mundo, ao qual o seu país preside este ano.
"Estamos orgulhosos destes resultados, mas devemos ter em mente que isto é apenas o começo", adiantou.
Para manter aquela meta, os chefes de Estado e de governo do G20 concordaram realizar ações de "mitigação, adaptação", com "base nas circunstâncias nacionais", ou seja, refletindo "o princípio da responsabilidade comum" de cada país e as diferentes capacidades.
O líder italiano assinalou ainda que foi decidido na cimeira "virar a página do carvão", com "o compromisso de eliminar todo o financiamento internacional" das centrais elétricas a carvão, congratulando-se com o facto de "todos os países do G20" se terem comprometido "com emissões zero até meio do século".
"Agora devemos concentrar-nos em começar, porque seremos julgados pelo que faremos, não pelo que dizemos", declarou Draghi.
Após a sua cimeira em Roma, os líderes do G20 partirão diretamente para Glasgow (Escócia), onde se iniciou hoje a 26.ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26), uma reunião de duas semanas considerada crucial para o futuro da humanidade.
E o sinal enviado pelo G20, que reúne as principais economias desenvolvidas (União Europeia, Estados Unidos), mas também as emergentes como a China, Rússia, Índia e Brasil, é importante porque estes países são responsáveis por 80% da totalidade das emissões de gases com efeito de estufa.