Madeira

"É preciso relativizar os prémios que têm zero impacto"

Comentadores do Debate da Semana desvalorizam o galardão de Melhor Destino da Europa

O programa 'Debate da Semana' da TSF-Madeira, moderado por Leonel de Freitas, regressou esta semana com Paulo Pereira, André Barreto e Cristina Pedra como convidados. Em destaque nesta edição o galardão de Melhor Destino da Europa conquistado pela Região pela oitava vez consecutiva. Os comentadores, todavia, desvalorizaram o prémio.

“É preciso relativizar os prémios que têm zero impacto”, afirmou André Barreto. Na sua opinião estes galardões não têm repercussões directas no turismo que nos visita.

“Mal não fazem, mas repercussões têm zero, vincou, deixando no ar algumas questões: “Quem voto para estes prémios?”, “Que credibilidade tem a empresa que organiza estes prémios?”, “Qual foi o destino, sem ser a Madeira, que ganhou este prémio?”.

Paulo Pereira, por seu turno, ressalva que graças a esta distinção “fala-se mais da Madeira”. Porém, quando questionado “onde?”, admite que é “na Madeira”.

Por outro lado, nota que as celebridades – à excepção de Cristiano Ronaldo, que ‘filho da terra’ – não vêm cá”. Ao contrário de outros destinos – “como Formetera, as Seicheles ou as Maldivas” – “com estes prémios não estamos a atrair turismo de gama alta”, aponta.

Na sua óptica este era o ‘escalão’ de turismo que deveríamos estar a tentar atrair para rentabilizar o sector e, consequentemente, aumentar os salários.

Já Cristina Pedra “não tem ideia se o galardão é indutor de mais turismo”, mas “em vez de teorizar” era importante que existissem métricas neste sentido.

Nesta edição do ‘Debate da Semana’ foi também abordada a questão dos baixos ordenados em Portugal, com os comentadores a considerar que a “enorme carga fiscal sobre as empresas e a baixa produtividade” é o factor responsável. “É necessário rever os subsídios sociais com mais fiscalização”, sublinhou Cristina Pedra.

Foi ainda debatido o prolongamento da Pontinha, que, segundo os mesmos carece de “mais estudos” que o justifiquem.