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Sindicato dos Tripulantes preocupado pede audiência aos partidos políticos

Foto Shutterstock
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O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil está preocupado com o chumbo do Orçamento do Estado para 2022, considerando que coloca em perigo e atrasa a recuperação da TAP, e pediu uma audiência aos partidos políticos.

Em comunicado, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) defendeu que os partidos políticos têm de assumir as suas responsabilidades e defender a manutenção da TAP como empresa estratégica para o país.

"Face ao atual quadro de indefinição política nacional provocado pelo chumbo do Orçamento do Estado, e as consequências que daí podem advir para o futuro da TAP, o SNPVAC requereu já uma audiência a todos os partidos com representação Parlamentar por forma a conhecer a posição de cada um deles. Este é o momento para cada um dos partidos assumir as suas responsabilidades", sublinham.

O Sindicato lembra o papel decisivo da TAP na economia portuguesa, sobretudo a importância que terá na recuperação económica pós-pandemia covid-19, como "instrumento insubstituível na recuperação do turismo, setor essencial no modelo de crescimento português".

De acordo com o sindicato, o atual número de voos e o aumento expectável nos próximos meses, é um sinal de que a companhia tem futuro e que em circunstâncias normais, e num futuro próximo a administração se veja obrigada a contratar mais tripulantes para fazer face ao aumento de tráfego aéreo.

Para o SNPVAC, o chumbo do Orçamento do Estado pela Assembleia da República pode colocar em perigo e atrasar a recuperação da TAP, prejudicar os seus trabalhadores, nomeadamente os tripulantes, que consideram ter sido a classe mais afetada ao logo do processo de reestruturação.

"Pela parte que nos toca o SNPVAC tudo fará para defender a TAP e os seus tripulantes, para que Portugal e os portugueses não percam um ativo estratégico tão importante para a recuperação económica do país", conclui o sindicato.

O parlamento 'chumbou' na quarta-feira, na generalidade, o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) com os votos contra do PSD, BE, PCP, CDS-PP, PEV, Chega e IL, abrindo caminho a eleições legislativas antecipadas.

O PS foi o único partido a votar a favor da proposta orçamental, que mereceu as abstenções do PAN e das duas deputadas não-inscritas, Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues.

Antes da votação, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já tinha avisado que perante um chumbo do OE2022 iria iniciar "logo, logo, logo a seguir o processo" de dissolução do parlamento e de convocação de eleições legislativas antecipadas.