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Brasil soma 389 mortes e 15.268 infecções nas últimas 24 horas

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FOTO EPA/ANTONIO LACERDA

O Brasil contabilizou 389 mortes e 15.268 casos de covid-19 nas últimas 24 horas e totaliza agora 607.068 óbitos e 21.781.436 infeções desde o início da pandemia, informou hoje o Governo brasileiro.

Segundo o último boletim epidemiológico divulgado pelo executivo, a taxa de incidência da doença no país mantém-se em 289 mortes por 100 mil habitantes e a taxa de casos é de 10.365.

Num momento em que os indicadores da pandemia estão queda do Brasil, o país, com 213 milhões de habitantes, permanece na segunda posição mundial na lista de nações com mais mortes, depois dos Estados Unidos, e na terceira com mais casos positivos, antecedido pelos norte-americanos e pela índia.

Já a nível interno, São Paulo é o Estado mais afetado pela pandemia, sendo responsável por 4.403.856 dos casos e 151.798 das vítimas mortais que o país acumula.

No total, sete das 27 unidades federativas ultrapassaram um milhão de infeções, cada (São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina).

Em relação à imunização, 154,5 milhões de brasileiros receberam a primeira dose de alguma das vacinas contra a doença e 118,7 milhões completaram o esquema vacinal, de acorddo com o Ministério da Saúde.

Um grupo de senadores brasileiros entregou hoje uma cópia do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), sobre alegadas falhas e crimes cometidos na gestão da pandemia, ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux.

O senador Omar Aziz, que presidiu a CPI, disse que o Fux não teceu comentários sobre o conteúdo do relatório, uma vez que poderá ser responsável por julgar alguns dos indiciados.

Também foi entregue uma cópia do documento à presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Arraes, ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, à Procuradoria da República do Distrito Federal e ao Ministério Público do Trabalho.

O relatório foi aprovado pela CPI na última terça-feira e pede 80 indiciamentos, entre os quais o do Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, por alegadamente ter cometido nove crimes na gestão da pandemia.

O chefe de Estado é acusado de prevaricação; charlatanismo; epidemia com resultado morte; infração a medidas sanitárias preventivas; emprego irregular de verba pública; incitação ao crime; falsificação de documentos particulares; crime de responsabilidade e crimes contra a humanidade.

O parecer da CPI será agora encaminhado a diferentes órgãos públicos, como Câmara dos Deputados, Polícia Federal, Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ministério Público Federal (MPF), a Ministérios Públicos estaduais, à Defensoria Pública da União (DPU) ou Tribunal Penal Internacional (TPI), neste último caso devido aos alegados crimes contra a humanidade.

Na quarta-feira, o relatório já havia sido entregue ao procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, a quem cabe analisar as acusações contra Bolsonaro.

Ao todo, 13 pessoas com foro privilegiado - direito dado no Brasil a algumas autoridades que ocupam cargos públicos, permitindo que não sejam julgadas pela justiça comum - foram incluídas no relatório final da CPI. A PGR terá agora de decidir se arquiva os pedidos de indiciamento, se instaura um inquérito ou se dá seguimento às acusações.

A covid-19 provocou pelo menos 4.969.926 mortes em todo o mundo, entre mais de 244,94 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.