Por Portugal, Sempre Pela Madeira
O Orçamento do Estado para 2022 foi o primeiro a ser chumbado na história da nossa democracia. O Bloco e o PCP, juntando-se aos partidos de direita, optaram por chumbar o Orçamento, apesar das importantes medidas sociais que previa para todos os portugueses. Preferiram um caminho perigoso, injusto e que nada serve o momento que o país vive. Quando, em 2015, iniciámos o processo de recuperação do país, após uma governação absolutamente desastrosa do PSD e do CDS, que foram orgulhosamente além dá troika no seu projeto de empobrecimento e privatização do país, poucos acreditavam nesse caminho. O tempo demonstrou que o diabo não apareceu e em 2019 os partidos de esquerda viram renovada a ambição nacional em continuarmos esse trajeto. Um trajeto que foi importante não só para o país, mas também para a Região Autónoma da Madeira. O que seria da Madeira se o país tivesse continuado a ser governado por quem aprovou a Lei das Finanças Regionais que agora corta verbas à Região? O que seria dos nossos municípios se o país tivesse continuado a ser governado por quem aprovou a Lei das Finanças Locais que agora corta verbas aos nossos concelhos? O que seria de nós, se não tivéssemos iniciado a inversão desse caminho, levado a cabo pelo PSD e pelo CDS? Ao longo destes seis anos e em particular ao longo dos últimos dois, lutámos sempre pela Madeira e obtivemos conquistas importantes. Recordemos algumas: 5% das verbas do PRR para a Região, correspondo a 832 milhões de euros; cofinanciamento da obra do Novo Hospital, que já está a ser paga pelo Governo da República; participação no banco de fomento; entendimento transversal para salvar o CINM; redução das taxas de juros da dívida; financiamento dos novos cabos de fibra ótica; entre muitas outras medidas. Ultrapassada a pandemia e aprovado o PRR, o tempo era de avançar: avançar nas respostas necessárias no pós-pandemia, avançar na recuperação plena da economia do nosso país, avançar na construção de novas respostas aos problemas sociais que enfrentamos. Não foi esse o entendimento dos restantes partidos, mas não desistimos de lutar. Em breve teremos eleições, com a certeza de que o melhor projeto para o país continua a ser o do Partido Socialista e que o trabalho que fizemos até aqui, em particular na Assembleia da República. Os tempos que vivemos exigem estabilidade, união e mobilização de todos os Socialistas em torno do nosso projeto, que merece um reforço da sua maioria. É para isso que contam comigo: para continuar a lutar, por Portugal e sempre, sempre pela Madeira.