Madeira

"A Madeira não está à venda"!?

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Boa noite!

Acha Rui Rio que “a Madeira não está à venda”! O ainda líder do PSD equivocou-se, mesmo não sendo obrigado a conhecer em profundidade o histórico insular social-democrata em termos de disciplina de voto em São Bento. Na Região já há bem pouco para vender, mas alguns  negócios multiplicam-se. O problema é outro. É haver quem queira comprar. É haver quem manifeste interesse por discutir com decisores que herdaram despesismo. É haver referências. É haver gente para dialogar.

Há dúvidas? “Até agora ninguém quis conversar comigo", assumiu o presidente do Governo Regional que, depois de considerar o Orçamento do Estado para 2022 desastroso, hoje até manifestou disponibilidade para a transação e para conversar com o Governo central sobre a proposta que esta quarta-feira vai a votos "se for para defender os interesses" da Região.

Marcelo Rebelo de Sousa até pode ter ligado para madeirenses. Tem o número de telefone de uns quantos. Mas quando questionado sobre se as diligências que  fez  estão relacionadas com os deputados eleitos pela Madeira evitou concretizar. A comunicação social perguntou-lhe mesmo se os votos dos deputados do PSD eleitos pela Madeira poderão ser solução para a viabilização do Orçamento do Estado, mas Marcelo Rebelo de Sousa escusou-se a prestar mais declarações.

O debate do Orçamento do Estado para 2022 segue dentro de momentos, mas hoje ficou bem claro no País que a Madeira se quisesse e fosse autonomista, conseguia de uma assentada o que anda a reclamar há anos. E nem tinha que vender a dignidade. Bastava que, tal como noutros momentos, fosse coerente, sem esbracejar.  Para quem não se lembra,  em 2020, Miguel Albuquerque, ao admitir a abstenção dos deputados do PSD-Madeira, confidenciou: “Não me importo que fique conhecido como o orçamento da poncha”.