A Imprensa e a cultura
Tive a imensa satisfação e o grande privilégio de lançar o meu primeiro livro, “O Senhor da Ilha Verde”
Hoje prometo que vou falar de mim. Já chega de falar de partidos, eleições, coligações, traições e demais confusões. Entreguem a Madeira ao Psd, suspendam a democracia como queria Manuela Ferreira Leite, e assim evita-se perder tempo com eleições, gastar dinheiro em cabazes de compras, frangos assados, bifes, bem ou mal passados, um saco de cimento oferecidos pelas casas do Povo, e os madeirenses ficam alegres e contentes porque numa partidocracia é que agente vive bem. Já todos percebemos que o Psd-m está para a Madeira como o cancro está para o corpo humano. Faz-se uma cirurgia no pâncreas, mas ficam sempre células cancerosas que depois espalham-se pelos intestinos, atacam o fígado ou os pulmões, até que o povo exclama, parem! Não se mexe mais que ainda pode piorar. É melhor doente que morto!
Bem, mas eu prometi que iria falar de mim e vou cumprir, pois de apenas promessas já todos nós estamos fartos.
Tive a imensa satisfação e o grande privilégio de lançar o meu primeiro livro, “O Senhor da Ilha Verde” no passado dia 15 de Setembro de 2021 no espaço Foyer do Teatro Municipal.
A história, as cenas e os cenários são baseados em factos reais e tem por finalidade relatar os principais acontecimentos sobre a política, a economia e a sociedade que nos rodeia desde que o Social Democrata, Dr. Alberto João Jardim foi empossado como Presidente do Governo da ilha, consequência da revolução de 1974 em Portugal e posteriormente da instituição da autonomia da Madeira em 30 de Abril de 1976. Uma obra que deve ser lida, principalmente, pelos jovens nascidos após o 25 de Abril de 1974 para saberem que alguns madeirenses arriscaram o seu emprego e o seu bem estar social para relatar acontecimentos verídicos que não vêm nos compêndios da História da Madeira nem na história de Portugal.
Não é pretensão minha fazer publicidade ao livro é, tão somente, manifestar um profundo lamento na medida em que nenhum órgão da Comunicação Social esteve presente para cobrir a apresentação pública do evento, embora, tanto eu como o TMBD (Teatro Baltazar Dias) tivéssemos enviado informação às Redações da RTP-M, do Jornal da Madeira, do Diário de Notícias e do Funchal Notícias net. É manifesto e confrangedor o desinteresse pela cultura, sobretudo produzida por desconhecidos, por parte da C.Social quando a sociedade tenta divulga-la e tanto dinheiro se gasta na promoção da mesma. Mas a Comunicação Social está demasiado absorvida no pontapé na bola, nos ralis e esquecem que um dos principais pilares de um país civilizado é a cultura. Afinal, não são todos os dias que numa Ilha com cerca de 255.000 habitantes aparece um cidadão a lançar um livro publicamente e, na minha modesta opinião deveria merecer, no mínimo, um apontamento da parte da C.Social. Não é necessário promover o “artista” cumpram apenas o dever de informar para que o povo tenha a hipótese de ler e julgar. Tenho humildade e bom senso suficiente para saber que não sou um José Saramago, um Milan Kundera ou um Mia Couto mas também eles, quando lançaram a sua primeira obra, eram, até então, ilustres desconhecidos e precisaram de divulgação para passarem a ser conhecidos e atingirem o patamar em que hoje se encontram e deliciarem os seus leitores. A qualidade dum livro, de uma escultura, duma pintura ou de um poema é julgada pelo leitor mas é preciso disso ter conhecimento. Quando o Messi ou o C.Ronaldo falham um penálti são notícia de 1ª página porque arrastam milhões (pessoas/ dinheiro) todavia é uma fama efémera enquanto a cultura permanece e enriquece um povo ou um país, porem, se não for divulgada pela imprensa não chega a ser conhecida e continua a ser o parente pobre da sociedade. Como poderá aparecer novos valores em qualquer área da arte se não são divulgados pela C. Social, falada, escrita ou vista? Deem relevo aos desportos mas deixem um espaço para a cultura porque se o país evoluir culturalmente as pessoas passam a comprar livros, revistas e a ler mais jornais. Não admira, pois, que a nossa juventude coloque a leitura de parte e recorra às redes sociais onde se fazem apenas copy paste e repetem todos os erros que lá estão escritos, pois não sabem construir uma frase própria e as que constroem estão cheias de calão e erros gramaticais de palmatória. Serão os analfabetos do futuro com diploma. Não é uma censura, é um lamento pela falta de informação por parte dos media.