Brasil soma 160 mortes e regista segundo menor número de óbitos do ano
O Brasil registou 5.797 novas infeções e 160 mortes devido à covid-19 nas últimas 24 horas, o segundo menor número de óbitos contabilizado este ano, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde brasileiro.
O número de vítimas mortais registado esta segunda-feira só não é inferior ao do dia 07 de outubro, ocasião em que o país somou 130 mortes pela doença, o menor registo de 2021, dados que confirmam a tendência de queda da pandemia no nação sul-americana.
No total, o Brasil concentra 605.804 óbitos e 21.735.560 infeções desde o início da pandemia, que chegou oficialmente ao país no final de fevereiro do ano passado.
Ainda de acordo com as autoridades de Saúde brasileiras, a taxa de incidência da doença no Brasil, com 213 milhões de habitantes, é agora de 288 mortes e 10.343 casos por 100 mil habitantes.
Já as médias diárias de óbitos e de infeções ficaram em 334 e 11.950, respetivamente.
A diminuição no número de vítimas mortais e casos de infeção pelo novo coronavírus nos últimos meses no Brasil é atribuída por especialistas aos avanços na campanha de vacinação.
Segundo o Ministério da Saúde, mais de 153,6 milhões de brasileiros receberam a primeira dose de alguma das vacinas contra a doença e 115,4 milhões completaram o esquema vacinal.
Em números absolutos, o Brasil continua a ser o segundo país com mais mortes em todo o mundo, superado pelos Estados Unidos, e o terceiro com mais infeções, depois dos norte-americanos e da Índia.
A queda nos vários indicadores da pandemia no Brasil tem levado a uma diminuição constante na percentagem de cidades que ainda mantêm medidas de isolamento social e serviços não essenciais encerrados, segundo os dados mais recentes da Confederação Nacional de Municípios (CNM).
Em mais da metade das cidades brasileiras (57,4%) não estão mais em vigor esse tipo de restrições contra a covid-19, segundo o levantamento que ouviu 1.855 gestores municipais no período entre 18 e 21 de outubro.
Trata-se da menor percentagem desde março deste ano, quando a CNM começou a fazer o levantamento.
O relatório da CNM também apontou que mais de 1.400 municípios não registaram óbitos por covid-19 no período em que foi feito o levantamento.
Contudo, os especialistas em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), centro de investigação médica de referência na América Latina e vinculado ao executivo brasileiro, alertam que a manutenção do atual patamar de transmissão não permite afirmar que a pandemia está "definitivamente controlada".
"A impressão de que já vencemos a pandemia é enganosa, sendo imperioso, nesse momento, continuar vigilante em relação à covid-19. (...) A flexibilização de medidas que protegem contra a transmissão do vírus deve ser adotada de forma cautelosa, paulatina e acompanhada de medidas de vigilância, conjugadas com a adoção do passaporte vacinal, além de testes para identificar rapidamente novos casos e seus contactos", apelou a Fundação.
A covid-19 provocou pelo menos 4.945.746 mortes em todo o mundo, entre mais de 243,56 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.