Facebook retira vídeo de presidente brasileiro sobre vacina e sida
A rede social Facebook retirou do ar um vídeo de uma transmissão realizada pelo Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, em que compartilha uma informação falsa sobre uma suposta relação entre vacina a contra a covid-19 e a sida.
A transmissão ao vivo ocorreu na quinta-feira, mas o vídeo só foi retirado do ar no domingo.
Segundo os 'media' brasileiros, a rede social alegou que suas "políticas não permitem alegações de que as vacinas de covid-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas".
No vídeo retirado do Facebook e também do Instagram, o Presidente brasileiro menciona uma notícia falsa publicada no site 'beforeitnews.com' que diz que relatórios oficiais do Reino Unido teriam sugerido que as pessoas totalmente vacinadas estariam desenvolvendo a sida "muito mais rápido do que o previsto".
"Relatórios oficiais do Governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados (...) quem são os totalmente vacinados? Aqueles que depois da segunda dose né (...) estão desenvolvendo síndrome da imunodeficiência adquirida (sida) muito mais rápido do que o previsto. Portanto, leiam a matéria, não vou ler aqui porque posso ter problema com a minha 'live'", afirmou Bolsonaro.
Jair Bolsonaro, que nega a gravidade da pandemia com recorrência e também coloca em causa a eficiências de vacinas contra a covid-19, já afirmou que não tomará nenhum imunizante porque foi infetado pela doença.
O chefe de Estado brasileiro é alvo de nove pedidos de indiciamento num inquérito parlamentar sobre o combate à pandemia no país formulado numa comissão do Senado (câmara alta do Congresso) cujo relatório final deverá ser votado nesta semana.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo ao contabilizar 605.644 vítimas mortais e mais de 21,7 milhões de casos confirmados de covid-19.
A covid-19 provocou pelo menos 4.945.746 mortes em todo o mundo, entre mais de 243,56 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse, divulgado na sexta-feira.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.