Madeira

Paulo Neves diz que António Costa não cumpre com a promessa do Ferry "há 26 meses"

None

O deputado eleito pelo PSD/Madeira à Assembleia da República, Paulo Neves, diz que "há 26 meses que o PS de António Costa não cumpre com a promessa do Ferry”.

“A 27 de Agosto de 2019, o então líder do PS/Madeira anunciava que o primeiro-ministro António Costa, quatro dias depois, iria garantir que a Madeira teria Ferry todo o ano, o que veio a acontecer, precisamente em Machico e a verdade é que já se passaram 26 meses desde esta promessa e, como se vê, não há Ferry nem todo o ano, nem metade do ano nem sequer nos três meses de verão” denunciou hoje, numa iniciativa junto à entrada do Porto do Funchal onde lembrou as promessas por cumprir.

Paulo Neves critica esta postura de António Costa, tanto mais quando estão em causa princípios constitucionais que "são ignorados", assim como impactos altamente positivos, tanto sociais quanto económicos, que todas estas medidas, caso tivessem sido cumpridas, teriam tido na vida dos madeirenses e porto-santenses.

“Os deputados eleitos pelo PSD/M à Assembleia da República vão continuar a insistir para que o Primeiro-Ministro cumpra com a sua palavra e vamos também reiterar a necessidade da Constituição Portuguesa ser respeitada, Constituição essa que é muito clara e que diz que é da responsabilidade da República a continuidade territorial, seja ela aérea, marítima ou digital”, disse.

O deputado fez questão de vincar que 26 meses teria sido tempo suficiente, não só para garantir o Ferry como também para encontrar soluções que pecam por tardias e que, tal como espelha o Orçamento de Estado ora em avaliação, continuam votadas ao esquecimento.

“Mas se aqui no Funchal, olhamos e não vemos nada no que respeita ao Ferry, também no Inverno, se chegarmos ao Aeroporto do Porto Santo, também não iremos ver aviões da TAP”, ironizou.

Paulo Neves considerou ser “uma vergonha nacional a população do Porto Santo ficar privada das ligações da TAP, uma companhia que é paga por todos os portugueses” e que deixa, desta forma, ao abandono uma das parcelas do país, já suficientemente prejudicada pela sua dupla insularidade.

“Temos um Governo da República que falha, a todos os níveis, no que à mobilidade respeita e um Governo que, sem fazer qualquer sentido, continua de propósito a não regulamentar aquela que foi uma decisão da Assembleia da República para não facilitar a vida dos madeirenses e porto-santenses no que toca ao subsídio de mobilidade”, afirmou.

E rematou; “Estamos a falar de 26 meses em que o PS continua a abandonar a Madeira, 26 meses em que o PS não cumpre com a Lei nacional, não é solidário com os madeirenses e não cumpre com a sua palavra”.