"Câmaras" caladas como ratos
A proposta de Orçamento de Estado para 2020 reserva apenas 82 milhões para os 11 municípios da Região, que implica um corte nas verbas que são transferidas para as câmaras municipais de Santana, Porto Moniz e São Vicente, na ordem dos 9%.
A redução de transferências do Estado é um ultraje, pois penaliza concelhos que se debatem com o grave problema do decréscimo populacional e baixa natalidade, e, por arrasto, contrariam uma necessidade de inverter o ciclo negativo.
Estamos na presença de mais uma vergonha nacional que foi denunciada pelos presidentes das câmaras de São Vicente e Santana, aquando da tomada de posse dos órgãos eleitos, ao contrário do que aconteceu no Porto Moniz, onde o reeleito Emanuel Câmara, obediente ao regime da República, nada mencionou.
Tal como os ilusionistas da verdade, o presidente da Câmara Municipal do Porto Moniz, no discurso enfadonho da tomada de posse, no qual colocou a repetitiva cassete de que o Governo Regional é o culpado de tudo, escondeu a mais dura das realidades.
Imoral é também ver o filho de Emanuel Câmara, sentado no palanque da Assembleia da República, com a responsabilidade de condenar cortes atentatórios à dignidade humana, mudo e calado, como um rato.
Olavo Câmara estará neste momento mais preocupado com o assalto ao poder no PS-Madeira, seguindo as pisadas do pai, restando saber se será barriga de aluguer do velho que quer ser novo Cafôfo, ou se avançará com João Vieira para a presidência do partido, o que não é de estranhar ou de colocar fora de hipótese tendo em conta a desmedida ambição que vem demonstrando.
Este tipo de socialistas envergonham a Madeira, envergonham todos aqueles que se revêem em ideais de esquerda e precisam de continuar a ser denunciados.
Jesus Camacho