Grupo de 575 reclusos em fuga na Nigéria após ataque
Pelo menos 575 detidos estão em fuga de uma prisão do estado de Oyo, Nigéria, na sequência de um ataque de um grupo de homens armados que usaram explosivos para libertar 837 reclusos, avançaram hoje as autoridades prisionais.
O ataque aconteceu na sexta-feira à noite, tendo os invasores -- um grupo de homens desconhecidos -- "chegado à prisão com armas sofisticadas e, após um duro confronto com os guardas, entrado no pátio e usado dinamite para explodir o muro", explicou o porta-voz do centro prisional, Olanrewaju Anjorin.
O porta-voz adiantou que 262 presos foram, entretanto, capturados, mas 575 ainda estão em fuga e referiu que "as celas onde estavam os detidos já condenados e as reclusas não foram abertas".
Segundo Anjorin disse ainda que este centro prisional tem capacidade para abrigar 160 reclusos, mas que, na altura do ataque, tinha 907, e instou a população a ajudar o centro com informações que possam levar à captura dos reclusos fugitivos.
O ministro do Interior da Nigéria, Rauf Aregbesola, confirmou que o ataque aconteceu cerca das 22:00 locais (mesma hora em Lisboa) de sexta-feira e que os invasores usaram granadas e explosivos para entrar na prisão, onde os guardas enfrentaram os atacantes "durante cerca de 20 minutos".
Aregbesola exortou os reclusos que fugiram a regressar à prisão, alertando que fugir da custódia legal é um crime grave.
A Nigéria, o país mais populoso da África, sofreu recentemente vários ataques a prisões, que as autoridades atribuem aos separatistas do sudeste e aos 'jihadistas' que operam no nordeste do país.
Em 13 de setembro, homens fortemente armados invadiram uma prisão no estado de Kogi, no norte da Nigéria, libertando 240 presos, 114 dos quais foram capturados.
Em 05 de abril, 1.844 reclusos fugiram de uma prisão federal no estado de Imo, no sudeste da Nigéria, após um outro ataque realizado por homens armados.
Em 19 de outubro de 2020, homens disfarçados de manifestantes contra a brutalidade policial atacaram uma prisão no estado de Edo, no sul da Nigéria, libertando 1.993 presos e levando armas.