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Incidência sobe na Alemanha, Rússia e Ucrânia com recordes de casos e de mortes

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A Alemanha atingiu pela primeira vez desde maio os 100 novos casos de covid-19 por cada 100.000 habitantes, enquanto a Rússia e a Ucrânia voltaram a bater os recordes no número de infeções e de mortes.

Na Alemanha, segundo dados os Instituto Robert Koch (RKI) de virologia, atualizados hoje, a incidência acumulada nos últimos sete dias atingiu os 100 novos por cada 100.000 habitantes, observando-se na última semana e meia uma clara tendência de alta. Segundo o RKI, entre terça e sexta-feira, a incidência subiu de 75,1 para 95,1.

A última vez que a incidência ultrapassou os 100 foi a 13 de maio passado, com 104 casos novos por 100.000 habitantes, tendo caído no dia seguinte para 97. 

Os números são particularmente elevados nos estados federais da Turíngia, com uma incidência de 206,3, Baviera (163,7), Saxónia (159) e Baden-Württemberg (127,9), enquanto Berlim, com 115,8, ultrapassa também a marca de 100 novos casos por 100.000 habitantes. 

O RKI já tinha alertado na quinta-feira no relatório semanal para uma aceleração do aumento das infeções face à aproximação do outono e do inverno. 

Além disso, os novos casos este ano são "claramente maiores" do que no mesmo período do ano passado. A percentagem de casos positivos nos testes de PCR realizados em laboratórios continua a aumentar, de 6,6%, entre 04 e 11 de outubro, para 8,3% nas semanas seguintes, refere o RKI.

As autoridades de saúde alemãs confirmaram 15.145 novas infeções nas últimas 24 horas e 86 mortes associadas à covid-19, enquanto os casos ativos na Alemanha chegam a cerca de 157.400. Até sexta-feira, 69,1% da população da Alemanha tinha sido vacinada, 66,2% com o regime completo.

O Governo alemão afirmou já estar "vigilante" face à nova onda de infeções em todo o país e em todas as faixas etárias e avisou que a situação pode piorar com a aproximação do inverno.

Desde o início da pandemia, a Alemanha acumulou 4.452.425 casos de covid-19, doença a que estão associadas 95.077 mortes.

Em Moscovo, as autoridades sanitárias registaram hoje, pelo terceiro dia consecutivo, um novo recorde de mortes e de novos casos, com 37.678 infeções e 1.075 óbitos, sinais da violência com que a nova onda epidémica está a assolar o país.

Desde junho que a Rússia está a ser confrontada com uma nova vaga da pandemia, provocada pelo surgimento de variantes mais agressivas, associada ao incumprimento das restrições, como uso de máscara, e às grandes dificuldades que o país está a sentir na campanha de vacinação.

Desde o início da pandemia, a Rússia acumulou 229.528 mortes, o que torna o país com maior número de óbitos na Europa. No entanto, os dados oficiais são largamente subestimados, com a agência de estatísticas Rosstat a dar conta de que, até agosto, mais de 400.000 pessoas morreram devido ao novo coronavírus.

Na Ucrânia, onde a taxa de vacinação é uma das menores da Europa, as autoridades sanitárias locais deram hoje conta de, pelo segundo dia consecutivo, um novo recorde de novas infeções e de óbitos, com 23.785 infeções e de 614 mortes nas últimas 24 horas.

Em Kiev, as autoridades locais anunciaram na sexta-feira o encerramento das escolas por duas semanas, tendo medidas semelhantes sido aplicadas noutras regiões do país com um alto nível de contágios, considerando que o aumento das infeções se deve a um ritmo lento no processo de vacinação num país com 41 milhões de habitantes.

Os ucranianos podem escolher livremente entre as vacinas da Pfizer, Moderna, AstraZeneca e Sinovac, mas apenas cerca de 15% da população está totalmente vacinada, o nível mais baixo da Europa, apenas atrás da Arménia.

Desde o início da pandemia, as autoridades ucranianas contabilizaram mais de 2,7 milhões de infeções e cerca de 63.000 mortes. 

A covid-19 provocou pelo menos 4.926.579 mortes em todo o mundo, entre mais de 242,39 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse (AFP), divulgada sexta-feira.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.