Gerar felicidade
Boa noite!
O melhor do jornalismo é a sublime oportunidade de nos cruzarmos com pessoas inimagináveis que nos libertam das rotinas e dos lugares comuns e nos transportam para domínios geradores de espanto e de paz, de encanto e de realização profissional.
Nos meus 25 anos de DIÁRIO tive a oportunidade de conhecer gente de quadrantes díspares. Com essa pequena multidão fui aprendendo que a grandeza de cada instante reside sobretudo na simplicidade de gestos repletos de valor. E que é importante mantê-la por perto, mesmo que separados pelo mar ou pelas convicções.
A nossa história comum com 145 anos cruza-se com as vidas de muitos madeirenses, sejam eles ilustres ou desconhecidos, notáveis ou comuns mortais. Mas nem sempre tivemos oportunidade de retribuir com alma e generosidade o bem que nos é dado pelos que nada pedem em troca de um sorriso ou de uma palavra.
Nos últimos tempos temos tentado inverter essa tendência. Está ao nosso alcance gerar felicidade. Na edição desta quinta-feira festejamos os 100 anos de Conceição Barradas. A icónica vendedora de macela na Rua Dr. Fernão de Ornelas, capa do DIÁRIO pela terceira vez, entrou ontem para o 'clube' dos centenários. Mas já antes tinha entrado no coração daqueles que tudo fazem para que o jornalismo tenha rosto humano e não se esqueça do essencial, daquilo que é feito, dos seus que são de todos.