PR brasileiro promete apoio a 750 mil camionistas para compensar preço dos combustíveis
O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, prometeu hoje pagar um auxílio a 750 mil camionistas independentes para compensar o aumento dos preços dos combustíveis no país, remetendo mais detalhes para os "próximos dias".
"Decidimos então...os números serão apresentados nos próximos dias, mas nós vamos atender os camionistas autónomos. Em torno de 750 mil camionistas receberão uma ajuda para compensar o aumento do diesel", afirmou o chefe de Estado, na cidade de Sertânia, em Pernambuco, num discurso para apoiantes.
A petrolífera estatal brasileira Petrobras, assim como o Governo de Jair Bolsonaro, têm estado sob pressão devido ao forte aumento dos preços dos combustíveis e gás de cozinha no país sul-americano.
No início deste mês, a petrolífera anunciou o reajuste de 7,2% nos preços da gasolina e do gás de cozinha, sendo que o diesel já tinha ficado 9% mais caro no Brasil.
Nos últimos meses, o preço do petróleo tem aumentado no mercado internacional, ainda sob efeito da pandemia, o que provocou um desajuste entre oferta e a procura do produto.
O Brasil não produz o volume de combustíveis necessário para abastecer o país e depende de importações.
Nesse sentido, a Associação das Distribuidoras de Combustíveis Brasilcom -- que representa mais de 40 distribuidoras regionais de combustíveis -- alertou para um possível risco de desabastecimento no país, possibilidade negada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) do Brasil, num momento em que camionistas ameaçam com uma nova greve a partir de 01 de novembro, devido ao aumento do preço dos combustíveis, entre outras reivindicações.
De acordo com Bolsonaro, o Brasil é afetado pelo aumento dos preços no exterior.
"O preço do combustível lá fora está o dobro do Brasil. Sabemos que aqui é um outro país, mas grande parte do que consumimos em combustível, ou melhor, uma parte considerável nós importamos e temos de pagar o preço deles lá de fora", disse o mandatário, citado pela imprensa local.
O anúncio de um novo auxílio a camonianistas surge num momento em que o mercado reage negativamente à proposta do Governo de obter uma licença para ultrapassar o teto de gastos, de forma a cumprir a promessa de pagar 400 reais (cerca de 60 euros) para famílias carenciadas até ao final de 2022, ano eleitoral.