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Base militar com forças dos EUA na Síria alvo de ataque coordenado

Foto BBC
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Uma base militar no sul da Síria que alberga forças norte-americanas foi hoje alvo de um ataque coordenado, sem registo de vítimas entre militares internacionais ali destacados, segundo as autoridades norte-americanas.

O ataque à guarnição de al-Tanf terá envolvido pelo menos um ataque de 'drone' e possivelmente fogo terrestre, não estando ainda determinado quem foram os executores, de acordo com fonte do Governo norte-americano citada pela AP sob anonimato.

Tropas dos Estados Unidos e da coaligação internacional estão baseadas em al-Tanf para treinar as forças locais da oposição síria no combate aos militantes do Estado Islâmico.

A base está localizada numa estrada que serve como ligação vital para as forças apoiadas pelo Irão, entre Teerão e o sul do Líbano e Israel.

Pelo menos 14 pessoas morreram hoje num ataque a um autocarro militar em Damasco, seguido de bombardeamentos governamentais nas zonas rebeldes que fizeram 13 mortos, o mais mortífero surto de violência na Síria desde há meses.

Duas bombas colocadas num autocarro militar explodiram de manhã ao passar perto de uma ponte no centro de Damasco, noticiou a agência oficial SANA, matando 14 pessoas e ferindo pelo menos outras três.

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que tem uma extensa rede de fontes na Síria, todas as vítimas mortais eram militares.

O ataque, o mais mortal na capital síria há quatro anos, ainda não foi reivindicado, mas, uma hora depois, as forças governamentais bombardearam a província de Idleb, o último grande bastião 'jihadista' e rebelde no noroeste.

Em 2011, a repressão dos protestos pró-democracia na Síria desencadeou uma guerra que tem vindo a diminuir de intensidade nos últimos anos.

Na província rebelde de Idleb, os bombardeamentos do regime mataram 13 pessoas e feriram outras 26, segundo o OSDH.

A violência coloca em causa a retórica das autoridades sírias sobre o fim da guerra, uma vez que o regime de Bashar al-Assad tenta há meses tirar o país do isolamento internacional para permitir a reconstrução e o regresso dos investimentos.

Após sofrer grandes contratempos no início da guerra, o regime sírio recuperou uma grande parte do território desde 2015, apoiado pela Rússia, cuja intervenção é amplamente vista como um importante ponto de viragem no conflito.

Apoiado também por milícias ligadas ao Irão, o regime controla agora quase todas as grandes cidades.