Pelo menos 130 migrantes chegam às ilhas espanholas de Fuerteventura e Lanzarote
Três grupos com um total de 130 migrantes chegaram ou foram auxiliadas próximo da costa das ilhas espanholas de Fuerteventura e Lanzarote nas últimas horas, de acordo com os serviços de emergência.
O primeiro grupo, composto por 53 pessoas - 43 homens, nove mulheres e um menor, de origem subsaariana e do Bangladesh, chegou às 00:20 de hoje (a mesma hora em Lisboa), pelos próprios meios à praia de Morro Potala, em Punta de Jandía, ao sul de Fuerteventura, nas ilhas Canárias.
Além disso, o salvamento marítimo espanhol desembarcou no cais de La Cebolla, em Lanzarote, outras 56 pessoas, que já havia resgatado enquanto navegavam a leste da cidade.
Um dos membros deste segundo grupo foi transferido para um centro de saúde, conforme detalharam os serviços de emergência.
Durante a madrugada de hoje, às 06:15 (a mesma hora em Lisboa), uma terceira embarcação conseguiu chegar a Arrieta, no município de Haría, ao norte de Lanzarote, com 21 ocupantes, incluindo uma mulher, segundo fontes dos serviços de emergência.
Durante os primeiros oito meses de 2021 chegaram às Ilhas Canárias por mar 9.386 pessoas, um aumento de 140% em relação ao mesmo período do ano passado (3.933), de acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Pelo menos 785 pessoas morreram na rota migratória em direção ao arquipélago espanhol das Canárias entre janeiro e agosto, mais do dobro do número registado no mesmo período em 2020, referiu a OIM.
A rota da África Ocidental, que atravessa o Atlântico e a costa oeste de África até às Canárias, é conhecida por ser extremamente perigosa, por causa das fortes correntes marítimas.
Mesmo com tais perigos, esta rota tem atraído cada vez mais migrantes, sobretudo provenientes de países da África subsaariana, que desejam chegar ao território europeu, a grande maioria a bordo de embarcações muito precárias e sobrelotadas.