CGTP quer que Governo trave onda de despedimentos colectivos
A CGTP defendeu ontem que o Governo tem de alterar as suas políticas e a lei para travar a onda de despedimentos coletivos, que em 2020 colocou no desemprego 3.633 trabalhadores no distrito de Lisboa.
"Vivemos uma situação de grande aproveitamento por parte das grandes empresas e grupos económicos que, à boleia da pandemia, estão a destruir milhares de postos de trabalho qualificados e, por isso, exigimos a intervenção do Governo para travar isto", disse à agência Lusa Isabel Camarinha, secretária-geral da CGTP.
No final de uma "ação de protesto e denúncia", organizada pela União dos Sindicatos de Lisboa (USL), com início no Largo de Camões e fim na Assembleia da República, Isabel Camarinha, reafirmou a necessidade de o Governo promover a alteração da legislação que facilitou os despedimento.
"Esta iniciativa tem como objetivo a luta pela revogação das normas gravosas da legislação laboral, acabar com a precariedade e o desemprego. O futuro do país constrói-se com uma política assente na estabilidade, segurança de emprego e com salários dignos enquanto elementos estruturantes da nossa sociedade", defendeu.
Segundo a sindicalista, "os problemas dos trabalhadores tem-se agravado porque o Governo não tem aplicado as necessárias políticas para os resolver".
"É preciso que o Governo altere a sua ação a vários níveis para impedir que a destruição de postos de trabalho continue", defendeu a líder da Intersindical.
De acordo com a USL, no distrito de Lisboa a precariedade afeta 8 em cada 10 trabalhadores, que, devido ao vínculo de trabalho precário, rodam sistematicamente entre a situação de emprego e desemprego.