União Europeia leva mais 25 toneladas de ajuda ao Afeganistão
A União Europeia (UE) entregou hoje mais 25 toneladas de material médico urgente ao Afeganistão, através do segundo voo que realiza no âmbito do transporte aéreo humanitário com Cabul.
"Nas últimas semanas, a situação no Afeganistão deteriorou-se ainda mais a um ritmo alarmante, com mais de 18 milhões de pessoas a precisarem desesperadamente de ajuda humanitária", indica num comunicado de imprensa o comissário europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic.
Esta poente aérea, continua o comissário europeu, financiada pela União Europeia, proporciona assistência vital, "apesar das atuais limitações de transporte e logística no país".
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou na sua conta da rede social Twitter que a União Europeia continua "a mobilizar ajuda humanitária" e que está "com o povo do Afeganistão".
Devido o longo do conflito no Afeganistão, após o qual os talibãs recuperam o controlo do país, em meados de agosto, e a recente seca, mais de metade da população afegã depende de ajuda humanitária.
Esta ponte aérea permite às organizações humanitárias proporcionarem assistência sanitária e alimentar às pessoas que mais necessitam.
Até agora, a União Europeia já levou ao Afeganistão equipamentos médicos -- incluindo para combate à pandemia de covid-19 e para o tratamento de traumas -- fornecidos pela UNICEF e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Este é o segundo voo, nesta ponte aérea humanitária com Cabul, que a UE faz, precisou a Comissão Europeia.
O primeiro chegou na última quarta-feira e levava a bordo 32 toneladas de equipamento cirúrgico e material médico.
A UE comprometeu-se a conceder ajuda humanitária em 2021, no valor de 300 milhões de euros (ME) ao povo afegão
O bloco comunitário financiou operações humanitárias no Afeganistão desde 1994 e às quais dedicou mais de 1.000 ME em ajuda.
Os fundos são atribuídos de acordo com os princípios humanitários de independência, imparcialidade, neutralidade e humanidade, para assegurar o acesso a todas as pessoas que necessitem, sublinha a UE.
A decisão de desdobrar voos na ponte aérea humanitária tem em conta a situação no terreno e é tomada em consulta com os Estados-membros e com organizações humanitárias parceiras.