Houve menos crianças no Muro da Esperança de forma "propositada", devido à pandemia
A construção do 'Muro da Esperança', esta manhã, no Largo do Município, contou com a participação de algumas centenas de crianças e respectivas famílias mas em número bem mais reduzido do que era habitual. Ao contrário do que acontecia em anos sem pandemia, não houve mobilização das escolas nem se realizou um espectáculo de animação no local. Mesmo sem enchente, a tradição cumpriu-se e muitos turistas acompanharam o evento inserido no programa da Festa da Flor.
Presente no Largo do Município, o secretário do Turismo, Eduardo Jesus, afirmou que o quadro com menos gente foi "propositado: "Nós não organizámos esta festa em 2021 nos mesmos parâmetros que sempre fizemos até 2019 porque ainda estamos a viver a pandemia e não podemos ser nós a motivar uma concentração, aqui, de milhares de crianças, quando sabemos que é um universo que também é preciso ter muito cuidado". Em alternativa, o Governo Regional optou por acertar com as escolas a forma de as crianças participarem no 'Muro da Esperança' de uma forma organizada e coordenada, para que "não seja aquele aglomerado que se costuma fazer na Praça do Município".
Eduardo Jesus disse que não há intenção de alterar o modelo do evento, até porque o mesmo se mantém válido. "É uma limitação que decorre da pandemia. Mas não queríamos deixar de fazer o Muro da Esperança. Quando uma criança vem aqui e coloca uma flor acaba por expressar um gesto de esperança para o Mundo. Mesmo ao vivermos uma fase final desta pandemia provocada pela Covid-19, esse momento transmitido por uma criança tem um significado especial", adiantou.
Bem mais próxima do quadro de normalidade deverá ser a Festa da Flor no próximo ano., com mais gente e no período da Primavera. "Nós estamos a prever o nosso calendário todo de 2022 já dentro da normalidade daquilo que nos habituamos nos anos anteriores", revelou o secretário do Turismo.